Nome:
A
Rainha Vermelha
Autor:
Victoria
Aveyard
Editora:
Seguinte
Ano:
2015
N°de
páginas: 420
SINOPSE:
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.
Não sei bem como falar de
A Rainha Vermelha. Não foi uma
leitura emocionante ou altamente eletrizante para mim. Comprei, pois é a
leitura do Clube de Leitura desse mês.
A capa é linda e
reluzente como os Prateados, mas nem de longe falamos de uma “Rainha Vermelha”
aqui. Se a autora quis colocar Mare Barrow como uma Revolucionária ou Rainha
Revoltada contra a dominação dos Prateados, vamos dizer que ela fracassou e
feio.
O livro é um dos
queridinhos de venda não só no Brasil, mas no mundo. A Editora Seguinte fez uma
edição digna dos grandes reis e de quebra um marcador que fez para ser
destacado do livro.
Posso ser a “ovelha
negra” falando desse livro. Li diversas resenhas sobre o livro e 99% falavam
bem da história.
A escritora é Victoria
Aveyard e nada mais é que uma roteirista. Todo roteirista que se preze sabe
adaptar muito bem grandes obras em outros “espetáculos”. Bem, foi isso que ela
fez. Quando comecei a leitura e me inteirei da história, eu tive uma rejeição
grande, mas por que Jo? Simples! Quem leu Jogos
Vorazes sabe como bem que a estória se passa em um lugar pós-apocalíptico e
as pessoas estão divididas em Distritos. 13 ao total. No mundo de Vermelhos e
Prateados, é quase a mesma coisa. Há diversas Casas que lembrei de as Crônicas
de Gelo e que Fogo que descobri ser um dos livros favoritos da autora. Não há
um número exato de Casas, mas sabemos que cada um tem um poder diferente.
Os Prateados que dominam
os Vermelhos há séculos são quase Titãs da Mitologia Grega. Tem poderes como
eletricidade, fogo, invisibilidade, canto atordoador, leitura da mente,
controle mental e muitos outros. Os Vermelhos não possuem isso. Não passam de
meros escravos dos Prateados. Nasceram para ser escravos.
“
Suas
mãos não estão mais limpas que as minhas, Maven. ”
Mare Barrow é uma
vermelha e ladra no seu vilarejo. Tem um amigo do peito chamado Kilorn. Aqui
lembraremos de Katniss e Gale, onde os dois caçam juntos e são inseparáveis.
Kilorn é o amigo apaixonado que faria tudo pela sua amada e Mare é aquela
garota que não sabe mais quem é quando é levada ao mundo dos Prateados para
servi-los após sua irmã não poder mais trabalhar devido ser castigada ao tentar
roubar um prateado para salvar Kilorn do recrutamento do exército que seria sua
sentença de morte na certa.
“Acho
que só sirvo para machucar as pessoas. ”
Não tem como não comparar
A Rainha Vermelha com a obra de Suzane Collins. As semelhanças só vão
aumentando gradativamente. Minha rejeição foi crescendo juntamente. Isso pode
até ser paranoia, mas li Jogos Vorazes há muito pouco tempo e lembro de toda a
obra, porque é minha distopia favorita na atualidade.
Mare descobre que é uma
mistura de vermelhos e prateados. Tem poder da Eletricidade, mas possui sangue
vermelho. Torna-se um perigo ao Mundo Prateado, então é forçada a virar outra
pessoa. Vira Lady Titanos. A filha perdida do Lorde Titanos e herdeira de
Norta. Fingimento puro. Mare é Aurora Vermelha e o começo do
Reinado Prateado, todavia a Rainha Elara não deixará que isso aconteça.
“ – A revolução precisa
de uma faísca para começar. ”
Mare só vai trabalhar no
castelo e descobre seu poder, porque o Príncipe Cal a conhece um dia antes no
vilarejo vermelho. Ela não sabia que ele era o futuro rei dos Prateados até o
dia do Cortejo das Filhas de cada Casa para se casar com ele.
“Por mais que queira me
desvencilhar, simplesmente não consigo. Cal é um penhasco do qual me jogo
alegremente. Um dia ele saberá que sou sua inimiga e tudo isso não passará de
uma lembrança do passado distante. Mas ainda não. ”
Eles se apaixonam, mas
Mare é prometida ao seu irmão Maven. Filho de Elara com o pai de Cal. Maven
parece ser um príncipe maravilhoso e gentil. Sua personalidade é idêntica ao
padeiro Peeta de THG, onde é idolatrado pelo povo e sabe conquistar todos com apenas
um sorriso e palavras bem colocadas. Mare ao seu lado é como Katniss, não sabe
falar e nem se comportar diante aquele mundo de máscaras. É uma fraca diante
todos.
“ – Como o rosto para
nossa gloriosa revolução. ”
Maven e Cal são os
personagens mais bem elaborados da estória. São fortes e aparentemente rivais e
isso move a sucessão de acontecimentos que virão após o surgimento da Guarda
Escarlate que é composta de Vermelhos que querem derrubar os Prateados e as
traições que são as peças-chaves para o final do livro.
Cal tem o coração
generoso e bondoso de sua mãe falecida. Todos sabem que ela fora assassinada,
mas ninguém ousa enfrentar a cruel Rainha Elara. Fazendo uma comparação, ela
simplesmente parece com Cersei de GOT. É capaz de tudo pelo poder e odeia seu
marido. É a peça fundamental de todo plano que é revelado nas últimas cem
páginas do livro e finalmente prende a atenção dos leitores.
“ Todos podem trair
todos. ”
Foi uma leitura arrastada
que fiz com esse livro. Muitas frases do livro são cópias dos livros Em Chamas
e A Esperança, como “ Rostos da
Revolução” e “ Apenas uma faísca
pode provocar uma revolução”. As pessoas podem até passar por cima desses
detalhes e outros que são gritantes, mas fui me decepcionando a cada passo que
eu dava na leitura.
“ Mas você é a mudança
controlada, do tipo em que as pessoas podem confiar. Você é a chama lenta que
pode dissipar uma revolução com um punhado de discursos e sorrisos. ”
Victoria adaptou sua obra
em cima de um enredo de sucesso. Atribuiu as características já existentes de
outros personagens e os colocou em um mundo supostamente divididos nas cores do
Sangue. Mare é Katniss em sua totalidade. É apenas o Rosto da Revolução.
Manipulada por todos e simplesmente apenas uma peça nos Jogos. Uma sobrevivente
da Arena. O príncipe Maven é o Coringa desse drama. Tem as características de
Peeta, mas revela seu jeito maquiavélico diante seu irmão Cal. Esse por sua vez
é bondoso e viciado em Honra como Gale. Não desvia de seus princípios nem sob
pressão. Elara é Cersei em sua essência. Ama o Poder e seu filho Mave. O rei
dos Prateados é apenas um obstáculo a ser eliminado por quem ele menos espera.
“ Até os prateados amam
seus filhos. ”
O livro sem sombra de
dúvida terá uma continuação, devido seu final ficar em aberto e com uma deixa
de abertura para um novo livro, onde haverá vingança da Guarda Escalarte
juntamente com Mare e Cal contra o novo rei.
Espero que o segundo
livro tenha mais originalidade do que o primeiro, pois a decepção foi grande
com essa leitura e desejo que Mare seja mais forte do que Katniss em THG.
“ A Guerra nunca acaba. ”
Amo livros com futuros distópicos, mas ultimamente venho notando infinitas repetições de elementos entre vários autores, o que torna toda a obra maçante e desgastante. Ótima resenha.
ResponderExcluirObrigada, linda
ExcluirDistopia nos transbordam para mundos onde somos lançados contra nossa própria sociedade através dos personagens,mas alguns livros de distopia tem me causado uma frustração grande devido o uso de mesmos elementos e histórias iguais.
Beijos