[Resenha] O Filho de Netuno - Os Heróis do Olimpo #2

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Título: O Filho de Netuno #2 Os Heróis do Olimpo
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Ano: 2012 
N° de Páginas: 432
Sinopse:
A vida de Percy Jackson é assim mesmo: uma grande bagunça de deuses e monstros que, na maioria das vezes, acaba em problemas. Filho de Poseidon, o deus do mar, um belo dia ele acorda de um longo sono e não sabe muito mais do que o seu próprio nome. Mesmo quando a loba Lupa lhe conta que ele é um semideus e o treina para lutar usando a caneta/espada que carrega no bolso, sua mente continua nebulosa. De alguma forma, Percy consegue chegar a um acampamento de semideuses, mas o lugar não o ajuda a recobrar qualquer lembrança. A única coisa que consegue recordar é outro nome: Annabeth.
Com seus novos amigos, Hazel e Frank, Percy descobre que o deus da morte, Tânatos, está aprisionado e que Gaia pretende reunir um exército de gigantes para dominar o mundo e reescrever as regras da vida e da morte. Juntos, os três embarcam em uma missão aparentemente impossível rumo ao Alasca, uma terra além do controle dos deuses, para cumprir seus papéis na misteriosa Profecia dos Sete. Se falharem, as consequências, é claro, serão desastrosas.


                          Essa resenha contém SPOILER

Percy está no Acampamento Júpiter essa foi a conclusão que Jason e Annabeth chegaram depois de sua última aventura resgatando Hera no covil dos gigantes e de Gaia. O filho de Poseidon se encontra na companhia de Hazel e Frank. Agora ele é considerado um romano sem saber suas verdadeiras raízes.

“ Hazel agarrou a mão dele. Não queria soltá-la. Ele era tão sólido, tão tranquilo, mas Frank não poderia protege-la da Morte. ”

Jackson não lembra de como foi parar nessa enrascada: Quando chegou no acampamento romano fora salvo pela filha de Plutão/Hades Hazel Levesque e pelo filho de Áries Frank Zhang que faziam o turno de vigilância naquele momento. Percy estava carregando uma velhinha – que era ninguém menos que Juno, esposa de Zeus – e que pediu ajuda do jovem para adentrar o lugar. Percy foi recebido com grande desconfiança por todos, principalmente por Reyna que era preitora do local. Ele foi aceito com a condição de ficar sob supervisão dos seus “salvadores”.

O Filho de Poseidon/Netuno descobre um novo lugar. Enquanto o Acampamento Meio-Sangue parece um lugar de passeio ou apenas para passar o verão, o Acampamento Júpiter é um verdadeiro lar para os semideuses. Ali há castelos para cada deus romano e os semideuses que quisessem se aposentar poderiam fazer faculdade, trabalhar, ter uma família e muito mais. Algo totalmente impensável no acampamento grego e nasce no coração de Percy a vontade de ter uma vida “normal” ao lado de Annabeth lá.



Hazel, Frank e Percy após uma grande visita de Áries ao acampamento romano se juntam para uma missão perigosa: Trazer de voltar o símbolo máximo de uma das frentes de guerra do local que foi perdida há muito tempo atrás e tem trazido azar a Quinta Coorte. Hazel enfrentará seu maior medo: Enfrentar seu passado, já que ela foi trazida do Submundo por Nico – leia-se eu irmão do lado grego/Hades – e agora tem uma nova vida e é apaixonada por Frank que também esconde um grande segredo que não vou contar rs.

Octavian que é o oráculo do lado romano não apoia a saída dos três, porque acha confiável a aparição de Percy ali e muito menos acredita na competência de Hazel e Frank numa missão que pode colocar gregos contra romanos e acelerar a aparição de Gaia no mundo humano.

Após muita discussão os três saem para sua missão e enfrentarão muitos problemas: desde encontro com deuses menores até a perseguição implacável da mãe Terra que sussurra que seus tentáculos estão em todos os lugares e assim manipula todos ao seu bel prazer.

Será que Percy conseguirá lembrar que venho do lado grego? Por que será que Nico reviveu Hazel Lavesque? Qual será o segredo de Frank? Será que nossos heróis trarão a águia da Quinta Coorte?
Falando sinceramente O Filho de Netuno foi menos aventureiro que o livro anterior. A concentração do enredo fica quase totalmente nos dilemas de Percy, Hazel e Frank e isso gera dois pontos: O Primeiro acabamos conhecendo melhor os personagens e seus problemas pessoais e até criando afeição com eles, mas em contrapartida teve momentos que não acontecia NADA...ficavam os três tagarelando de suas dualidades em suas narrações e nada da AÇÃO.

Hazel é filha de Plutão que é a versão romana do meu amado deus do Submundo ou Mundo Inferior. Em Roma, Plutão é deus da Morte e da Fortuna e Hazel tem um probleminha quando fica nervosa: ela faz brotar do chão ouro e metais preciosos. Ah Jo! Isso é demais! Ela pode ficar rica! Nada disso. Todo metal ou pedra preciosa que ela produz é amaldiçoado e quem toca-lo vai MORRER! Ela é insegura por causa disso e tenta esconder de todos, todavia ela não consegue…porém as coisas melhoram em A Marca de Atena.

“ Ela chegava a quase se sentir livre da maldição. ”

Frank para mim é o personagem mais desnecessário dessa saga, porque ele é aquele ser humaninho bem apagado no enredo. Para filho de Áries ele é muito molenga e só sabe ser forte quando a vida de Hazel está em perigo ou quando Leo – leia-se nos próximos livros – o irrita e o faz ficar “irritadinho”. Ele perdeu todos os familiares e parece que não foi preparado para tudo que ia enfrentar. Gosto dele no suporte emocional que dar para Hazel, mas nem de longe lembra a fortaleza que são os filhos de Áries como Clarissa do Acampamento Meio-Sangue.

“ [...]. Ela sempre punha o dever em primeiro lugar, à frente de tudo mais. Até mesmo da própria vida. ”

Percy continua o mesmo dos Olimpianos. Um pouco mais maduro confesso, mas tem horas que dar vontade de bater nele! Sério gente! Ele está lá no auge da briga com monstros, gigantes e contra Gaia – leia-se apenas um pouco dela, porque ela ainda não ressurgiu – e do nada fraqueja.  Sei que uma galera ama PERCABETH, mas isso torra minha pouca paciência, porque ele pensa em Annabeth umas mil vezes nesse livro e isso tornou a saga mais num “romance” do que fantasia. Entretanto, gosto do Cabeça de Alga mesmo ele sendo desequilibrado emocionalmente.

Fiquei bem desapontada com esse livro, porque Rick focou demais em dilemas pessoais e “romance” e esqueceu que ele trabalha com Fantasia e esse gênero exige ação e diálogos leves e cativantes e não uma sobrecarga de emoções relacionadas apenas ao Amor...até porque ele não é filho de Afrodite. Claro, que ele conserta – depois de 300 páginas – essa “falha” e envereda pelas lutas e tensões que já estou acostumada em Os Olimpianos.

É um livro regular, mas perde feio para A Marca de Atenas e A Casa de Hades que trazem mais aventuras, missões, dilemas olimpianos e batalhas reais que exigem dos nossos heróis o sacrifício de suas vidas em prol da sobrevivência dos seres humanos e deuses do Olimpo.

A diagramação continua impecável com folhas amarelas e fonte grandes e essas capas que são um spoiler rs.

O Filho de Netuno venho para mostrar porque os acampamentos têm que se unir contra o ataque dos gigantes e de Gaia e além de apresentar a importância de Percy como filho de Netuno na Profecia dos Setes.


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