Título:
Para
Educar Crianças Feministas (Um Manifesto)
Autor:
Chimamanda
Ngozi Adichie
Editora:
Companhia
das Letras
Ano:
2017
Sinopse:
Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.
Uma carta feita por
Adichie para responder a sua amiga de como educar uma criança nos "moldes" da
igualdade de gêneros. Palavras viscerais e verdadeiras que responderem à altura
o questionamento levantado.
Conselho n°1: Seja uma pessoa completa. A maternidade é
uma dádiva maravilhosa, mas não seja definida apenas pela maternidade.
Se optar por ser mãe,
por favor, NUNCA se sinta obrigada a ser remetida apenas ao título de MÃE.
Antes de ser progenitora, você era um ser humano com sonhos, carreiras e
diversas funções sociais, por isso seja completa. Se quiser trabalhar, trabalhe
e não se sinta menos mãe por isso. As crianças são educadas por ambos os pais e
não somente pela mãe.
“Nunca se desculpe por
trabalhar. Você gosta do que faz, e gostar do que faz é um grande presente que
você dá à sua filha”.
Conselho n°2: Façam Juntos
Nunca, Jamais eduque ou
crie seu filho sozinho, porque acredita que os filhos são “trabalho exclusivo
das mães”. Quando uma criança é gerada – molde natural e tradicional – é
necessário duas partes para que isso aconteça. Após o nascimento todo o cuidado
é do pai e da mãe.
Como a autora nos conta
deixe seu perfeccionismo de lado e permita que seu marido cuide dos filhos.
Limpe, brinque, ensine e tudo mais. Ele os ama e tem obrigação de educa-los
como você e nem se sinta no dever de elogiá-lo por isso. Ninguém deve ser
elogiado por fazer sua obrigação.
Conselho n°3: Ensine a ela que “papéis de gênero” são
totalmente absurdos.
Faça que a criança
entenda que não há coisas de homem e coisas de mulheres. Só existem coisas e
atividades que ele ou ela podem fazer. Sem divisão e sexismo.
Não alimente a ideia de
homens são superiores as mulheres. Não coloque em sua mente que existem
“brinquedos de meninas” e “brinquedos de meninos”. Já percebeu que a seção de
roupas infantis para meninas há predominância de rosa e lilás? Enquanto dos
meninos há variedade imensa de cores, inclusive o azul que é julgado como “cor
de meninos”.
Permitam que as
crianças brinquem os brinquedos que quiserem e não por “gênero”. Quando eu era
guria, brincava com tudo que via e nunca tive essa separação por gênero e por
isso compro camisas legais na ala masculina das lojas de roupas.
“Saber cozinhar não é
algo que vem pré-instalado na vagina.”
Conselho n°4: Ensine-as a gostar da leitura.
Conselho n°5: Questione a linguagem.
Conselho n°6: Nunca fale do casamento como uma
realização.
“A relação é
automaticamente desigual porque a instituição tem mais importância para um lado
do que para o outro.”
Conselho n°7: Não se preocupe em agradar.
Conselho n°8: Der um senso de identidade.
Conselho n°9: Ensine a questionar o uso seletivo da
biologia como “razão” para normas sociais em nossa cultura.
“[...] e não existe
norma social que não possa ser alterada.”
Conselho n°4: Converse sobre sexo desde cedo.
Conselho n°4: Romances irão acontecer, então dê apoio.
“[...] ensinamos que um
grande elemento de sua capacidade de amar é sua capacidade de se sacrificar.
Não ensinamos isso aos meninos.”
Conselho n°10: Ao ensinar sobre opressão, tenho o cuidado
de converter os oprimidos em santos.
Conselho n°11: Ensine-os sobre a diferença.
O livro de Adichie é
uma carta resposta que foi adaptada a uma pergunta de uma amiga íntima dela.
Como ela aconselharia a educar uma criança nos “moldes” feministas? Então ela
pensou e respondeu através de sugestões que nessa resenha eu troquei para
“conselhos”.
A obra trata de forma
clara sobre diversas temáticas que envolvem a vivência feminina, como, achamos
que casamento é uma realização de extrema importância para nós, mulheres, porém
a realidade que não é e quando observamos os homens, vemos que para eles o
matrimônio é apenas uma opção e não obrigação.
Vemos questionamentos
sobre os homens saberem cozinhar e criarem e educarem SEUS filhos e ainda serem
elogiados por isso. Pensem: Se duas pessoas tiveram uma criança POR QUE SOMENTE
A MÃE TEM POR “OBRIGAÇÃO” CUIDAR DA CRIANÇA E DA CASA? Não há LEI que exija
isso. Ambos os pais tem OBRIGAÇÃO de cuidar e educar seus filhos e não devem
ser elogiados por isso. Um homem não precisa ser elogiado por saber cozinhar ou
cuidar dos filhos. Não é ajuda que ele faz ou caridade. É OBRIGAÇÃO.
Ela salienta questões
importantes como o feminismo leve que trabalha com uma igualdade condicionada,
como, por exemplo, “as mulheres tem direitos iguais, mas os homens são
superiores.” Não há lógica nessa premissa, porque IGUALDADE e SUPERIORIDADE são
antagônicas.
É uma obra maravilhosa,
porque exemplificar de forma clara como a sociedade IGUALITÁRIA deveria
funcionar e como o feminismo anda mudando isso aos trancos e barrancos.
O livro é indicado para
TODOS e não somente para mulheres, mas arrisco a dizer que deve ser lido,
principalmente pelos HOMENS para que possam compreender a guerra que a
sociedade transformou a vida da mulher diariamente.
A capa do livro é bem
chamativa, justamente para alertar a importância dos debates constantes e a
mudança de hábitos que possam erradicar a desigualdade entre os gêneros.
Para
educar crianças feministas é um livro que deveria ser lido por
todo adolescente, jovem adulto para que as pessoas compreendam que igualdade
não é algo a ser conquistado, porque já é algo que nasce com a sociedade, mas a
reafirmação que a igualdade de gênero é essencial para o avanço social.
“Se não empregarmos a camisa de força do gênero nas crianças pequenas, daremos a elas espaço para alcançar todo o seu potencial.”
Li a publicação anterior da autora e gostei muito. Não gosto muito de feminismo e o pouco que li me deu tanta raiva pela falta de consistência, então quando resolvi encarar a leitura de Sejamos todos Feministas, me espantei com o raciocínio da Chimamanda e concordei com muita coisa que ela disse. Então quando vi esse lançamento já queria ler. Espero poder fazer a leitura em breve.
ResponderExcluirRaíssa Nantes
E pensar que não há nenhuma sugestão absurda ou impossível de ser praticada no dia a dia. No entanto, é o típico - infelizmente - caso onde o simples se torna extremamente complicado por causa do padrão social imposto. Mas ensinando crianças feministas podemos iniciar a perspectiva de um futuro melhor e igualitário. Maravilhosa indicação! Abraços!
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirConfesso que esse título me assustou, porque eu acredito, ou melhor procuro, uma sociedade mais igualitária, daí pensei como assim criar uma criança feminista, prefiro criar uma criança na igualdade de gênero. Mas lendo a resenha percebi que é justamente sobre igualdade que ela está falando, os conselheiros são bem interessantes, e mesmo já sendo conhecidos (ao menos por mim) vou procurar saber mais.
Oiii Joanice, tudo bem?
ResponderExcluirMenina eu to louca para ler esse livro que você nem imagina, essa autora está despertando meu interesse diante de tantos livros incríveis que já escreveu, dica anotada e ótima resenha.
Beijinhos
oie
ResponderExcluirConhecia a autora pelo Sejamos todos feministas que li tem um tempinho.
Vejo pela sua resenha que não é nada absurdo por em prática o que a autora apresenta.
ótima dica.
bjs
Maravilhoso! Incrível! Perfeito!
ResponderExcluirEu já li o "Sejamos todos feministas" e achei magnífico.
E agora estou super a fim de ler este também.
Concordo com cada sentença da autora que você colocou aqui.
Amei a resenha! Gratidão pela dica! Certamente vou ler!
Ah! Adorei o nome do seu blog! Sucesso!
Eliziane Dias
Oi JOanice
ResponderExcluirEsse livro é bem interessante e deveria ser lidos por todos, ainda mais nos dias atuais, com tanto machismo ainda presente.
Concordo com você que deveria ser lido principalmente por homens. Super amei a dica e gostaria de ler um dia.
Obrigada por postar sobre o livro aqui!!! Essa autora é maravilhosa, e tomara que mitas e muitas pessoas leiam seu livros e seus conselhos, para que parem de ver o feminismo como um "equivalente" ao machismo. E educando os pequenos para que compreendam o feminismo, certamente teremos uma sociedade melhor para todos!
ResponderExcluirOie!
ResponderExcluirQue livro maravilhoso!
Eu ainda não tive a oportunidade de ler esse livro, mas estou bem empolgada para ler. É aquele tipo de livro que deveria ser lido por todos. Adorei a sua dica.
Bjks!
Histórias sem Fim
Olá! Os questionamentos do livro são interessantes. Sou mãe, mas aqui em casa minha filha é criada tanto por mim quanto pelo pai, acho que por termos um casamento onde ambos têm livres pensamentos, ninguém se sobrepõe a ninguém, o nosso modo de educar segue o mesmo caminho. Tanto que nossa filha brinca de bola, boneca, carrinho...É criança. Parabéns pela resenha, beijos!
ResponderExcluirApesar de não ser meu estilo de leitura, fiquei super curiosa! Já está na lista de leitura de 2017! Beijos :*
ResponderExcluirOlá Joanice,
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas adorei a temática e fiquei curiosa para saber mais e entender esses questionamentos. Excelente resenha.
Olá!
ResponderExcluirQue livro lindo!! Ainda não o li, mas tenho a certeza de que tudo o que vem da autora é maravilhoso!!! E com esse lucro não é diferente, já que o tema é super atual e deve ser debatido a exaustão!
Oiii!!
ResponderExcluirEu ainda não li esse livro MAAAAAAS quero fazer o mais rápido possível!
Gosto muito da temática que sim deve ser debatida com todos.
A sua resenha está sensacional!
Beijinhos
Heiii, tudo bem?
ResponderExcluirEu to bem curiosa pra saber mais sobre o livro da Chimamanda Ngozi Adichie.
Acho o tema mto em alta e quero aprender mais sobre o assunto.
Tb acho que todos deveriam ler, é um aprendizado e tanto.
Beijos.
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Oiee, não conhecia a obra, mas fiquei super animada para ler, por se tratar de um tema tão atual e importante! já vi vários elogios e espero poder ler em breve!
ResponderExcluirwww.leituraentreamigas.com.br
Olá,
ResponderExcluirQuantos conselhos interessantes que a obra nos apresenta para educarmos as crianças com mais igualdade e sem esse tabu de que há coisas de meninos e coisas de meninas.
Em casa minha mãe nunca fez essa distinção, tanto é que eu jogava futebol, brincava de carrinho, jogava bola de gude com meu irmão e ela rsrs e claro que adorava!
Meu irmão sabe cozinhar, ajuda a fazer todas as coisas e assim vivemos na igualdade!
LEITURA DESCONTROLADA