Resenha
do livro Victoria e o Patife – Meg Cabot
Título:
Victoria
e o Patife
Autora:
Meg
Cabot
Editora:
Galera
Ano:
2017
N°
de Páginas: 254
Sinopse:
Neste romance histórico juvenil escrito pela autora de “O diário da princesa”, acompanhamos a trajetória de Victoria. Criada pelos tios na Índia, ela é enviada a Londres aos 16 anos para conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstairs. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?
“[...] você vai
conhecer um homem cuja vontade não poderá ser moldada para se adequar a seus
interesses. E, quando isso acontecer, você vai se apaixonar por ele.”
Victoria
e o Patife é um romance de época juvenil que
encanta com os personagens divertidos, ousados e sem papas nas línguas.
Lady Victoria Arbuthont
é uma jovem inglesa que após a morte de seus pais fora morar com seus três tios
na Índia e agora com dezesseis anos retorna à Terra da Rainha para encontrar um
marido e integrar a tão almejada sociedade londrina. Só que Vicky não está
gostando nada do comportamento polido e cheio de contratos sociais dos ingleses
que difere completamente do comportamento espontâneo e caloroso dos indianos.
Sua viagem no Harmonia é tranquila e seus tios estão
certos que ela encontrará um bom partido e terá um casamento feliz. Só o que
eles não imaginavam que a sobrinha deles seria pedida em casamento antes mesmo
de colocar seus pezinhos em solo inglês. O famoso nono conde de Malfrey, Hugo
Rotschilg conquista a admiração e vaidade de nossa jovem “Madre Teresa de
Calcutá” – porque sempre que ajudar as pessoas mesmo quando está sendo
intrometida – e sob um luar maravilhoso pede a mão de Victoria e a jovem tomada
pelos romances de sua mente juvenil aceita esse pedido antes de consultar seus
tios maternos. Ela faz aquilo porque Hugo é lindo, viajado, inteligente e
conde. Um sonho para toda mulher, mas o capitão Jacob Carstairs acha que Vicky
fez sua pior escolha ao aceitar se unir ao patife
do conde Malfrey.
Vicky sempre fez tudo o
que quis e é dona de uma fortuna que atrai homens aos montes e sente-se lesada
e principalmente, desafiada quando o capitão Jacob se atreve a dizer que seu
casamento com o conde é um erro sem tamanho. Ela tem certeza que ele é
arrogante, prepotente que desfila com aquele sorriso maravilhoso e atrevido
estampado no rosto só para afrontá-la e mostrar que nele, ela nunca mandará ou
dará conselhos.
Quando desce do Harmonia, Vicky descobre que Jacob é
dono de uma frota de navios e reconstruiu todo o negócio de seu pai quando o
mesmo faleceu e é o crush da sua
prima mais velha, Rebecca. A jovem decide então sabe por que o capitão odeia
tanto seu noivo e principalmente, porque ele é tão descortês e insensível com
ela e parece se divertir com a raiva estampada no rosto de Victoria.
O que Vicky descobriria
mudaria para sempre seu ser e principalmente seus planos...
“Uma coisa era destruir
permanentemente a própria vida. Outra bem diferente era destruir a vida de
pessoas que ela passara a amar.”
Victoria é uma jovem
que vai irritar todos que leem esse livro, porque ela é muito prepotente,
insensível em suas abordagens e extremamente fútil em algumas coisas que faz.
Só gostei dela perto do final do livro quando Becky – Rebecca – e Jacob falam
de Vicky e sua personalidade. Ela gosta de ajudar e ser solicita, porém é
beeeem inconveniente em muitos momentos e isso vai deixando seu discurso vago.
Ela pode ser rica e tudo mais, todavia as pessoas só gostam de receber críticas
ou ser ajudadas quando as mesmas pedem por isso. Ela só fica mais tolerável
quando percebe o que realmente está acontecendo em seu coração cego e trouxa.
Hugo ou conde Malfrey é
um homem que engana pela aparência bonita e polida. Ele é um daqueles
personagens metidos, prepotentes e preconceituoso que quer conseguir tudo o que
almeja sem trabalho e justificando os fins pelos meios.
“Eles estão acima de
ganhar a vida trabalhando de verdade. Preferem viver como parasitas, se
alimentando dos ganhos alheios.”
Jacob Carstairs... O
que falar desse homem que virou meu crush!
Ele é ousado, determinado, maravilhoso e sem aquele romantismo que me
irrita. Desculpe-me os românticos, mas sou prática e não suporto versos e mais
versos e juras de amor que só agradam ao ego. O capitão Carstairs é prático em
tudo em sua vida e na vida amorosa não seria diferente. Ele irrita Vicky,
justamente por não está mimando e a bajulando sempre. Ele não precisa da ajuda
dela. Ele é independente e constantemente “jogar na cara” dela para procurar
cuidar da própria vida e isso torna todos os diálogos de ambos engraçados.
Becky é quase uma cópia
da Marianne de Razão e Sensibilidade,
porque é ultrarromântica e suspira com qualquer versinho ou cortejo que ganha.
É bonita, sagaz e confiante, mas muito suscetível a alterações de humor, devido
a essa personalidade sensível e intensa sem freios. É um amor com Vicky e a
ajuda muito no seu amadurecimento.
Meg trabalha alguns
pontos bem interessantes no enredo, como, o papel da mulher na sociedade da
época e “alfinetadas” em algumas ideias que ainda permeiam nosso cotidiano,
como, por exemplo, a fala da mulher ainda é irrelevante em muitos contextos
sociais, políticos, econômicos e culturais e que limitam significativamente a
autonomia de decisões do gênero feminino, a delicadeza exacerbada que as
pessoas acham que a ala feminina tem, a limitação das carreiras para as
mulheres e diversos outros apontamentos que são claros nos diálogos de Vicky,
Becky e Jacob que deixam essa obra com uma crítica social relevante.
“Ninguém jamais a
fitara com olhos que pareciam diretamente dentro de seu coração [..]”
O enredo é bem
desenvolvido e esse foi o fator que mais fez essa leitura ser deliciosa. A
linearidade que a autora coloca na história é muito bem colocada e os desfechos
de alguns mistérios também se enquadram perfeitamente com o contexto e claro, a
sagacidade dos personagens aliado aos diálogos inteligentes e divertidos tornam
a obra única e cativante.
A capa do livro mostra
que o livro é voltado mais para o público juvenil, já que não tem nenhuma parte
mais quente na história e isso me
deixou bem contente, pois estava saindo de umas leituras bem pesadas e queria
algo mais leve. A fonte das letras é agradável e a narração é em terceira
pessoa.
Victoria
e o Patife é uma obra que cativa pelo enredo
inteligente aliado à personagens sagazes e divertidos e uma pitada de crítica
social.
hey, primeiro gostaria de dizer que adorei tua resenha
ResponderExcluireu ja tinha ouvido falar do livro, mas n dei mt bola kkk so que tinha realmente achado a capa bonita
depois que eu li o seu post fiquei intrigada, nao que eu leia mts romances de epoca (coisa que eu quero mudar, pq eu smp me interesso pela historias deles)
e nao foi diferente com esse livro, pq eu adorei a premissa
e diferente de vc eu gosto daqueles romances romanticos dms kkkk, mas ir para esse que n eh mt talvez me faça bem
ja anotei ele aqui na minha listinha!
perolasdelivros.blogspot.com
olá!
ResponderExcluirAntes de falar de sua resenha, eu amo essa autora, leria até a lista de compras. Passado o surto, vamos a resenha. Ela é perfeita, adorei como nos mostrou a história, ainda não li esse livro, mas quero muito te-lo em minhas lindas mãos. Obrigada pela dica.
Adoro a escrita da Meg desde que li a série a Mediadora, e estava louca para ler uma resenha desse novo livro dela. Amei o enredo e já gostei logo de cara do Jacob haha. Acho que a autora gosta mesmo de tonar as personagens principais um pouco irritantes em alguns momentos das suas narrativas haha, mas pelo visto, isso não atrapalha o enredo. A capa está linda e achei que combinou bastante com a história. Sua resenha está ótima e espero ler esse livro um dia. Bjss
ResponderExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirCaramba não sabia que existia romance de época juvenil!! Já estou add na minha lista primeiro pq é Meg Cabot e segundo porque amor diálogos inteligentes e divertidos!! Essa capa ficou uma gracinha!!!
Bjs!
Fadas Literárias
Eu li alguns dos romances históricos adultos da Meg e estava bem curiosa a respeito deste livro. Obrigada por me ajudar a ter mais informações sobre ele. Gostei de saber que é uma leitura leve, boa para relaxar e que tem um personagem tudibão! Abraços!
ResponderExcluirAdoro os livros da Meg, sempre tem um enredo que te prende e uma boa dose de risos.
ResponderExcluirAinda não li esse mas já está na lista!
Bjos
Olá!
ResponderExcluirDa Meg li os dois primeiros Rainha da Fofoca e até que gostei, por mais que não seja meu estilo de leitura favorito, porém, essa leitura parece ser boa para ler após livros mais pesados, mais densos.
Olá, tudo bem? Adoro a Meg como autora de juvenil com O Diário de Uma Princesa e A Mediadora, mas tenho minhas dúvidas quanto romance de época. Já li dois dela nesse gênero e nenhum chegou a ser espetacular, por isso quando a Recordo anunciou fiquei com pé atrás. Enfim, vou esperar ver mais resenhas para tirar minha conclusão final. Adorei!
ResponderExcluirBeijos,
diariasleituras.blogspot.com.br
Heiii, tudo bem?
ResponderExcluirAmo os livros da Meg Cabot, acho a escrita dela bem gostosa de ler e esse livro eu to de olho nele desde o lançamento dele.
Gostei de saber que ele é mais voltado pra o publico jovem, to meio cansada de sexo nos livros e vai ser bom acompanhar o desenrolar desse casal.
Adorei a capa, uma das mais lindas da Meg pela Galera Record.
Beijos.
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Olá, tudo bem? Estou ansiosa pela leitura da obra desde o seu lançamento. Minha experiência com a Meg Cabot se resume a série "As aventuras de Heather Wells", que particularmente sou extremamente apaixonada. Mesmo esse sendo voltando para o público juvenil, acredito que irei gostar. Sua resenha me deixou ainda mais curiosa. Obrigada pela dica. Beijos!
ResponderExcluirOlá Joanice, sou apaixonada pela Meg Cabot, me apaixonei pela leitura graças a ela. O primeiro livro que li foi O diário de uma princesa e foi ai que começou esse meu amor pelos livros.
ResponderExcluirAdorei a sua resenha e o livro parece ser sensacional e pela sua resenha deve ter várias doses de risos o que na maioria das vzs deixa o livro leve e te prende o inicio ao fim.
Uma outra coisa que chamou bastante a minha atenção foi o fato de uma mocinha não ter uma personalidade perfeita. E ter seus defeitos tbm!
Obs.: Amei a capa.
Bjus
Oiee Jo, tudo bom?? Amei a resenha!! Eu já li um romance de época da Meg como Patricia Cabot e adorei a escrita dela. Achei a proposta de Victoria e o Patife super legal, e parece ser uma leitura muuito divertida, então já quero ler :D
ResponderExcluirBeijos!!
Gente, que graça! Gostei dessa coisa de livro de época voltado para os jovens. Tantos têm preconceito com o estilo de história que essa pode ser uma ideia excelente para quebrar esse "gelo". Parece ser uma obra deliciosa de ler e a capa é atrativa para o público que almeja.
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