[Resenha] O Sangue do Olimpo - Rick Riordan

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Título: O Sangue do Olimpo #5 – Os Heróis do Olimpo
Autora: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Ano: 2014
N° de Páginas: 432


Sinopse:

No desfecho da série Os heróis do Olimpo, os tripulantes gregos e romanos do Argo II têm feito progresso em suas constantes missões, mas ainda não estão nem perto de vencer a sanguinária Mãe Terra, Gaia. Os gigantes estão de volta mais fortes do que nunca , e os semideuses precisam impedi-los antes da Festa de Spes, momento em que Gaia planeja despertar, derramando o sangue do Olimpo.
Para piorar, visões frequentes da terrível batalha no Acampamento Meio-Sangue assombram os sete semideuses. A legião romana do Acampamento Júpiter, comandada por Octavian, está se aproximando das fronteiras do acampamento grego. Por mais que seja tentador usar a Atena Partenos como arma secreta contra os gigantes, eles sabem que a estátua é necessária em Long Island, onde talvez consiga impedir uma guerra entre os acampamentos.
A Atena Partenos irá para o oeste, enquanto o Argo II segue para o leste. Os deuses, ainda sofrendo com a dupla personalidade, não podem ajudar. Como os jovens conseguirão vencer sozinhos um exército de gigantes? A viagem para Atenas é perigosa, mas não há outra opção. Eles já sacrificaram muito para chegar onde estão. E se Gaia despertar, será o fim.
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“Sete meios-sangues responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.”

O Sangue do Olimpo é um misto de aventuras, expectativas não superadas e perdas desproporcionais as reais necessidades da série Os Heróis do Olimpo.

No livro anterior – A Casa de Hades, meu predileto – Annabeth e Percy retornaram de seu “passeio” no Tártaro e juntaram-se aos demais semideuses: Leo, Hazel, Frank, Piper, Nico e Jason para juntos impedirem o ressurgimento de Gaia que ao despertar destruirá tudo que tem vida, já que os deuses estão com problemas com seus conflitos entre a identidade grega e romana.


Jason, Piper e Annabeth vão a uma missão em Ítaca. Seu objetivo é descobrir mais sobre os planos da Mãe Terra através do encontro de fantasmas na ilha. Os semideuses estão sob o efeito da névoa produzida por Hazel e tem pouco tempo para angariar informações dos espíritos, mas tem que ter discrição e cautela para não serem descobertos e mortos por seres que estão babando ódio com os vivos.

“Algumas dores não devem ser eliminadas com tanta facilidade. É necessário lidar com elas, até abraçá-las.” (Pág.329)

O problema é que após a visita de nossos heróis a famosa “Casa de Hades”, Jason é atormentado pelo fantasma de sua mãe que se tornou uma mania – aquilo que mais temia – e sempre se perde em lembranças ruins e isso os entrega em seu trabalho. Só saem vivos, porque Piper e Annabeth foram mais rápidas e ajudaram Jason a vencer todos os fantasmas ali, porém o filho de Júpiter foi machucado por um espírito de um ex-legionário do acampamento romano.

O corte feito pela espada foi profundo e mais perigoso, pois era ouro imperial que pode matar qualquer semideus. Todos acreditam na melhora da saúde de Jason – menos ele – e aumentam a velocidade para chegar à Grécia para acabar com os sonhos dos gigantes e Gaia. O que não esperavam são os milhares de monstros e armadilhas que teriam que enfrentar para a batalha final.

Paralelamente ao trabalho dos nossos heróis no Argo II, temos Nico, Reyna e do treinador Hedge para levar a estátua da Atenas Partenos para o Acampamento Meio-Sangue e assim dar um símbolo de trégua entre os romanos e gregos, já que Octavian – filho de Apolo, mesquinho e mentiroso – está planejando destruir todos os semideuses gregos e assim impedir o surgimento de Gaia.

“Pelos deuses de Roma. Se aquilo era apenas uma parte da dor de Nico... como ele conseguia suportar? (Pág.47)

Quando saíram da Casa Hades, todos os nossos heróis sofreram com suas piores lembranças. Jason com o fantasma de sua mãe. Piper com o medo de ser inútil nessa batalha. Leo com medo de seu plano falhar e a Profecia dos Sete se cumprir. Reyna e os fantasmas de seu passado secreto e Nico sendo quase sendo consumido pelas sombras, porque está viajando nelas para levar a estátua.


Será que gregos e romanos irão se destruir? Será que Gaia despertará e destruirá a Terra? Quem morrerá para se cumprir uma parte da Profecia dos Sete? Qual será o final dessa série?

“As pessoas mentem. Promessas são quebradas.”(Pág.30)

Tio Rick, o senhor deve ter perdido a cabeça com o sucesso e fez uma série bem mediana comparada aos Olimpianos, porque O Herói Perdido, Filho de Netuno e A Marca de Atena foram um porre de chatice e milhares de detalhes desnecessários que não acrescentaram em nada o enredo. O pior erro foi à ausência de explicações para N coisas, como, por que Frank tem aquele graveto que queima? Leo e Calipso (JURA ISSO????)? Cadê a mãe de Percy? Jura que os deuses ficaram novamente incapacitados de fazer algo para deter Gaia? E por que tanto suspense com Apolo? Só para revelar em mais uma série mal trabalhada?

Sim, meus caros não tive uma boa experiência com Os Heróis do Olimpo e demorei três dias para terminar de ler O Sangue do Olimpo, o que é deprimente, pois sempre termino livro em um dia. É confuso muitas partes desse último livro, porque na Casa de Hades, Nico quase não fala – e ele é filho de HADES – e aqui ele surge do nada. É como se Rick se sentisse culpado pela falha no livro anterior e jogasse todo o sentimentalismo em um livro que deveria ser mais limpo.


E ele cisma em dar mais atenção para Jason, Percy, Annabeth e Piper. Pensem: Se Percy ganhou uma série TODA para ele – nos OLIMPIANOS – por que – raios – ele quer colocar o Cabeça de Alga novamente como principal? Ai vem Jason – filho de Zeus – que mais parece um popstar do que um semideus poderoso. Annabeth parece uma garotinha assustada que só me deixou mais irritada com ela. Piper é sem dúvida a maior contradição dessa série.

“Você não encontrará um lugar entre seus irmãos. Você sempre será a última vela.” (Pág.80)

Leo foi jogado para escanteio da forma mais trágica – eu o adoro – juntamente com Nico Di Angelo que é injustiçado desde a série anterior. Hazel foi mais aclamada do que Nico. Poxa, os dois são filhos de Hades – um da forma grega e a outra do lado romano – e somente uma leva todos os holofotes? Perdão, mas isso vai deixando o enredo cansativo e previsível, porque são nove semideuses: Percy, Jason, Nico, Leo, Frank, Reyna, Annabeth, Piper e Hazel e só quatro ganham destaque e voz nas narrações. Isso torna impossível não ser antipática com alguns, porque “força a barra” a gostar dele e vê-los como inatingíveis como seus pais.

O final dessa série foi um alívio para uma alma que ficou com mais perguntas que com TODA CERTEZA foram deixadas para serem resolvidas na série do Magnus Chase e Apolo. É triste se depara com tamanho talento para escrever enredos coesos, coerentes e cativantes com elementos de muitas mitologias, mas pecar por usar a mesma fórmula maçante usual.

“O maior ódio possível é por alguém que um dia você já amou.” (Pág.193)

Os Heróis do Olimpo é boa de ser ler, mas não tenha altas expectativas e nem espere melhorias nas séries posteriores dessa, porque Riordan usa da mesma fórmula conhecida que encanta no primeiro livro, mas incapacita o leitor de criar teorias da conspiração e imaginar finais diferentes – ele devia aprender com as Parcas -, porém experimentar essa viagem nas mitologias grega e romana é maravilhoso juntamente com novos e velhos heróis.

O Sangue do Olimpo é uma contradição do talento, imaginação e falta de bom senso de um autor que cativou milhões de fãs em Percy Jackson e os Olimpianos.

“[...] Nossa voz é nossa identidade. Se não a usamos... – Ele deu de ombros. – já estamos a meio caminho de Asfódelos.” (Pág.237)


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