Título:
A
Grande Ilusão
Autor:
Harlan
Coben
Editora:
Arqueiro
Ano:
2017
N°
de Páginas: 302
Sinopse:
Maya Stern é uma ex-piloto de operações especiais que voltou recentemente da guerra. Um dia, ela vê uma imagem impensável capturada pela câmera escondida em sua casa: a filha de 2 anos brincando com Joe, seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas todas as descobertas só levantam mais dúvidas. Conforme os dias passam, ela percebe que não sabe mais em quem confiar, até que se vê diante da mais importante pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, mesmo quando é algo que desejamos desesperadamente?
Para encontrar a resposta, Maya precisará lidar com os segredos profundos e as mentiras de seu passado antes de encarar a inacreditável verdade sobre seu marido – e sobre si mesma.
“Todas as histórias de
amor terminam em tragédia.” p.8
A
Grande Ilusão é um misto de um elaborado emaranhado de
pistas que levam a diversas teorias de conspiração com um ar refinado do método
refinado de dedução do grande detetive Sherlock Holmes.
Maya Stern é ex-piloto
do batalhão de operações especiais do Exército norte-americano que atual no
Iraque e Afeganistão. Ela sempre fora uma mulher de força, determinação e
movida por sua impulsividade que a levaram às alturas com a profissão de piloto
e seu vício pela adrenalina, já que a vida de um civil é “pacata” e “normal”
demais para ela.
Ela sempre fora um
destaque em suas atuações no Exército até que se envolveu num escândalo que lhe
obrigou a se afastar de seu trabalho. Antes de sua aposentadoria precoce,
conhecerá o bilionário Joe Burkett que roubara seu coração e a levara a um amor
avassalador e um casamento tão rápido quando a aparição do cometa Halley. Um
tempinho de casados e já no cargo de pais – ela estava grávida quando se
casaram – as armadilhas do Destino e o sadismo da Vida caíram sob o casal. A
morte encontrara a vida de Joe e Maya num passeio noturno num parque próximo da
casa deles. Um assalto resultara na morte prematura de um dos herdeiros do
império dos Burkett.
O enterro de Joe é
doloroso e pesaroso. O amor dele fora meteórico e a vida se carregaram de
deixar Maya viúva e com uma filha pequena tão cedo e sem aviso prévio. Ela
estava se tornando refém da Morte, já que perdera recentemente sua irmã Claire.
Seus sobrinhos agora eram sua responsabilidade mesmo com a presença de seu
cunhado Eddie. Ela sentia que estava no centro de uma conspiração que tiraria
tudo que amava, mas não permitiria de forma alguma mesmo que o detetive do
Departamento da Polícia de Nova York acreditasse no envolvimento dela no
falecimento de seu marido. A culpa sempre recaia nas esposas.
Ao retornar à sua casa
recebe a visita inconveniente do detetive que de praxe faz perguntas sobre a
noite da morte de seu marido. Os questionamentos de Roger são evasivos e entoam
desconfiança nas declarações de Maya. Isso a deixara irritada e o mesmo se
retira da residência e a deixa sozinha e confusa, já que sua amiga Judith lhe
presenteou com um porta-retratos eletrônico que contém uma câmera escondida
para vigiar a babá cuidando de Lily – filha de Maya e Joe -, mas o presente
fora dado de uma forma que sugeria algo. Será que havia algo por detrás da
morte de seu marido? Algo que ela não percebera? Ou seria apenas paranoia de
sua cabeça conturbada por duas mortes precoces?
“[...] Mas imagine um
mundo em que nada disso acontecesse. Imagine um mundo em que todos são
obrigados a prestar contas de seus atos. Imagine um mundo sem abusos e
segredos.” p.132
Ela começa então a
investigar a morte de seu marido. Dois pontos são cruciais para isso: – Não é spoiler – Primeiro: a arma usada
na morte de seu marido é a mesma que ceifou a vida de sua irmã; Segundo: A
imagem de seu falecido marido aparece nas filmagens da câmera escondida no
porta-retratos. Como seria possível? Seriam alucinações? Manipulação
computacional?
A investigação levanta
fatos obscuros de vários personagens e a realidade é revelada: Ninguém é
confiável nessa história, porque até as vítimas podem ser apenas mentiradas bem
contadas.
Qual será a verdadeira
identidade do assassino de Joe e Claire? Será que os dois tinham ou sabiam algo
que os colocavam em vulnerabilidade de criminosos? Ou será que algo mais
maquiavélico estava por detrás desses crimes?
O carequinha mais
famoso do suspense mais uma vez traz uma obra com reviravoltas que são de
deixar qualquer leitor abismado e se perguntando em qual momento não percebeu
que o assassino estava na sua frente, mas o simples sempre é deixado de lado
quando acreditamos em teorias da conspiração.
Maya é uma mulher de
convicções fortes e inabaláveis, por isso sempre almejou sua carreira no
Exército e mostrou forte e irrepreensível até que moral e limites se perderam e
sem perceber ela entrou num vício muitas vezes incorrigível: achar que os “fins
justificam os meios”. Ela sempre fora de ter diversos romances, mas se
apaixonara perdidamente por Joe e deixara sua carreira após um escândalo
militar para se dedicar totalmente ao marido e a filha, entretanto sua vida
torna-se um turbilhão de emoções quando tudo que amava é tirado dela e se vê
obrigada a investigar esses crimes.
A personagem não é
típica personagem feminina, porque ela parece convicta de tudo que faz por mais
que seja algo condenável para a sociedade. Maya é extraordinariamente fiel aos
seus princípios e não se arrepende com facilidade por nada que faz. Para ela a
justiça é rápida e indolor quando feita no momento certo, todavia essa punição
pode vim de qualquer lugar. As impunidades são inaceitáveis na sua concepção e
essa nessa visão que me vim diversas vezes com sentimentos contraditórios
diante as atitudes dela, porque para “os fins não justificam os meios” e a não
violência é a melhor resposta para os corruptos e maldosos.
Joe é um personagem
esquecido até metade do livro, entretanto no final do livro temos
surpreendentes revelações sobre que para mim eram bem esperadas, porque tudo
que falavam sobre ele é como aquele velho ditado: “Todas as pessoas virão
santas quando morrem.” Ele era muito perfeito e aclamado para ser apenas vítima
na história. Não que isso seja spoiler, mas todos nós cometemos erros, porque
somos humanos e muitas vezes não formos educados a se compadecer dos demais e
por isso o egoísmo tende a comandar nossas ações e nos jogar num penhasco de
crueldades e insanidades.
Há personagens bem
complicados de definição, porque ficam na linha tênue entre confiáveis e bem
suspeitos, como o detetive Roger que parecia saber demais e deduzir pensamentos
sem ter provas concretas dos fatos. A amiga de Maya, Judith que aparentava ter
sentimentos demais pela amiga e repentinamente começa a revelar verdades um
tanto duvidosas e essenciais para o momento delicado da amiga.
“E havia músicas que às
vezes espetavam o dedo diretamente nas suas feridas.” p.258
A boa jogada desse
livro é quem conhece as características das narrativas de Harlan, percebe logo
nos primeiros capítulos quem são os culpados e quem apenas são bodes
expiatórios na jogada. Ele utiliza os mesmos artifícios dos livros Cilada e Seis Anos Depois e isso me deixou extremamente satisfeita, porque
foram livros que me deixaram fascinada pela habilidade do autor em enveredar em
diversas linhas de raciocínio para que os leitores deduzam o ocorrido de forma
racional.
A capa do livro é padrão das obras do autor
pela Arqueiro que coincidem perfeitamente com o enredo e deixam os leitores
satisfeitos. A narração da história é em terceira pessoa e típica do gênero,
porque afasta o suspeito de se denunciar. A fonte de leitura é agradável, algo
de todos os livros do carequinha aqui no Brasil.
Gostou bastante da sua resenha está bem interessante e bem elaborada, mas não é um tipo de livro que me chame a atenção, obrigada pela dica mas deixarei pra próxima.
ResponderExcluirBeijos.
Olá, amiga! Tudo bem?
ResponderExcluirEu achei um bela experiência a leitura de "A Grande Ilusão", eu não conhecia a escrita do Harlan e posso dizer que adorei. Eu pretendo ler outros livros do autor em 2018, fico feliz que tenha gostado da leitura. Adorei a sua resenha!
Beijos!
Olá! Saudações literárias! Tudo bem com você? Esse ano uma das minhas metas literárias é ler os livros do Coben e com certeza, essa obra vai estar na minha lista de desejados. Valeu pela dica.
ResponderExcluirAHHHHHHHHHHH MAIS UMA QUE AMA O MOZÃO <3 Mulher, cê acredita que esse eu não li? Mas depois da tua resenha vou furar ele na fila infinita kkkkk faz um tempinho que não leio nada dele, bateu saudade!
ResponderExcluirOi, tudo bem? O primeiro livro que li de suspense foi do Harlan, confesso que não me ganhou muito, apesar de ter gostado da história. Mas, recentemente li um livro de suspense da Paula Hawkins, muito bom. Então, só tenho desejado ler suspenses, e particularmente este chamou muito minha atenção. Acredito que darei uma nova chance aos livros desse autor.
ResponderExcluirObrigada pela dica.
Beijos
Oi Jo,
ResponderExcluirTudo bom?
Então acredita que eu ainda não li nada desse autor? Pois é, mas não é por falta de vontade, pois já vi falar horrores dele e sim suas histórias me chamam bastante atenção, exemplo disso é que curti sua resenha, acredito que é um livro bem "inteligente" de ser devorado, pois ficamos atrás do assassino até o último momento. Adorei a referência que usaste no nome do autor "o carequinha mais famoso", rs. Adorei a resenha e quando tiver oportunidade quero conferir de perto também.
Beijos
Raquel Machado
Leitura Kriativa
https://leiturakriativa.blogspot.com.br
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNossa, que resenha! Tenho certeza de que você gostou muito do livro, eu particularmente gosto muito da escrita do Harlen, acho que ele constroi com maestria as historias que escreve, mas infelizmente ainda não tive a oportunidade de ler esse livro, mas com certeza esta na listinha.
Oi Joanice, Coben é demais e confesso que este livro, assim como outros do autor, me surpreender. Em nenhum momento da leitura imaginei este final, e principalmente o culpado. Foi uma total surpresa para mim.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirConheço Harlan Coben e sou apaixonada pela escrita dele, mas nunca li esse livro! Vou anotar em minha listinha, faz tempo que não leio nenhum romance policial
Ainda não li nenhuma obra do autor, mas tenho muitos na minha lista de desejados. Espero gostar da escrita dele.
ResponderExcluirSou apaixonada pelo gênero que ele escreve, então minhas expectativas estão nas alturas. Rs
Adorei sua resenha,beijos! <3