Nome:
A
menina que não sabia ler
Autor:
John
Harding
Editora:
Leya
Ano:
2010
N°
de páginas: 220
Sinopse:
1891. Nova Inglaterra. Em
uma distante e decadente mansão, onde nada é o que parece, dois irmãos são
negligenciados pelo seu tutor e tio. A jovem Florence, de apenas 12 anos, passa
os dias cuidando de seu irmão mais novo Giles e perambulado pelos corredores,
em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que, um dia, a menina encontra a
biblioteca proibida da mansão, e apaixona-se por ela.
Mas existem segredos
sombrios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Por que Florence
sempre sonha com uma misteriosa mulher que insiste em ameaçar seu irmão? O que
esconde a nova preceptora? E por que o tio não permite que ela aprenda a ler?
Florence precisa encontrar muitas respostas – sejam elas inventadas ou não, e
soluções nem sempre fáceis para proteger Giles, e o seu amor pelos livros,
antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário.
Seguindo a tradição da
literatura de terror e suspense dos meus amados Edgar Allan Poe e Henry
James, John Harding traz uma narrativa carregada de drama, suspense e
muito terror. Para os leitores que ficam extasiados com livros com diversas
teorias e conspirações, A menina que não sabia ler é um convite e tanto.
Esse livro comprei em
2013 pelo site das Lojas Americanas por R$ 15,00. Adquiri porque gostei do
título. Nessa época não tinha lido ainda A menina que roubava livros e não
comprei por causa dos nomes similares, mas pelo título sugestivo da obra.
O livro é um pouco
cansativo no início e pode gerar a vontade de desistência da leitura, porém
como não sou de abandonar nada pela metade, segui em frente com a tarefa. A
história basicamente se desenvolve na cabeça da personagem principal: Florence.
Que tem 12 anos, mas é astuta e sagaz em seus pensamentos e atitudes e que é super
protetora em relação ao bem-estar de seu irmão mais novo o Giles.
Giles é uma criança
carinhosa e apaixonado pela sua irmã mais velha. Num ponto da história ele é
levado para um internato e manda cartas para sua irmã ler. Ela ler escondido
porque todos na mansão acreditam que ela não saiba ler. Em pouco tempo ele
retorna a mansão, devido agressões na escola e não adaptabilidade as regras do
internato. Florence acha espetacular. Tem seu tesouro perto de si e assim pode
cuidar de seu amado irmão.
Capa Inglesa
Florence é a peça chave
de toda história. No começo da narrativa ela não sabia ler e ao descobrir a
biblioteca na mansão de seu tio, ela inicia uma aventura arriscada até seu
“Santuário do Conhecimento”. Essas atitudes são bem similares à Lisel de A
menina que roubava livros que se arriscava a ir na biblioteca da casa
do Prefeito para ler juntamente com a primeira dama da cidade. Nessas aventuras
que se davam durante a noite, onde ninguém atrapalharia sua diversão ou pela
manhã, mas com estratégia prévia montada para que nenhum empregado descobrisse
suas andanças.
Com a aprendizagem da
leitura, Florence torna-se paranoica diante os acontecimentos da mansão.
Acredita que a casa é mal-assombrada e sua nova preceptora quer matar seu irmão
mais novo.
Não sabemos realmente se
o que ela pensa é o que realmente acontece. O interessante da narrativa é isso.
O leitor é convidado a desvendar o mistério. Captar as mensagens nas
entrelinhas dos acontecimentos, analisar a rotina da mansão e de todos os
personagens e além disso elaborar teorias com as evidências descobertas pela
inteligente Florence.
O drama é muito similar
ao que acontece no filme A ilha do medo, onde não sabemos o
que é verdadeiro e o que é imaginário, já que o personagem principal que é
feito pelo ator Leonardo Di Caprio não parece estar com sua sanidade em dia,
então os acontecimentos e pensamentos tornam-se duvidosos para quem assiste.
Isso causa conflito mental, mas é muito saudável e perspicaz de quem produz
esse efeito. Como diz Sherlock Holmes, nunca devemos acreditar apenas em uma
teoria, porque geralmente as respostas estão nos pequenos detalhes e não nas
evidências claras e fragmentadas de um todo imenso.
Só posso dizer que
recomendo sem sombra de dúvidas essa leitura que traz um delicioso e instigante
mistério para todos os leitores que se dispuserem a aceitar esse desafio.
Então
preparados para embarcar nesse mistério?
Juntem
suas lupas, cadernetas e lápis e muito raciocínio para desvendar esse mistério.
Oi
ResponderExcluirficou muito boa sua resenha, eu li o livro e posso dizer que gostei muito mais aquele final meio que me decepcionou e agora quero ler a menina que não sabia ler 2.
momentocrivelli.blogspot.com.br
Olá, Denise
ExcluirRealmente o final deixou muita coisa em aberto, mas como o filme a Ilha do Medo a intenção é causar conflitos em quem ler. Fazer com que ficássemos atentos aos detalhes e colocássemos em questão: Qual a linha que separa a realidade da imaginação?
Eu estou ansiosa pela continuação.
Beijos
Olá Joanice,
ResponderExcluirAdorei este livro e confesso que o livro por causa do titulo muito parecido como o meu livro favorito: A Menina que Roubava livros. Mas a pegada é bem diferente, nem por isso pouco interessante.
Parabéns pela resenha!
Livros, Rock N' Roll e Outros Vícios
Olá, minha linda
ExcluirQuando eu li esse livro, eu já tinha parado 3 vezes a leitura de A menina que roubava livros, por causa do início que não me atraia. Após o termino de A menina que sabia ler, eu consegui ler A menina que não roubava livros em 2 dias. E que leituras agradáveis e edificantes.
Obrigada pelo elogio.
Já visitei seu blog e amei.
Olá, Joanice!
ResponderExcluirEu já li este livro, mas faz um tempinho. E lembro de ter me surpreendido muito com e gostado. A Florence mesmo sendo essa menina conflitante me conquistou muito. Estou ansiosa para ler a sequencia. Adorei a resenha.
beijos
http://livrosfilmeseencantos.blogspot.com.br
Olá, Ana linda
ExcluirFlorence é a alma da história. Tudo se passa mais na mente dela do que na realidade e isso que atrai os leitores.
Amo seu blog.
beijos!
Fiquei com vontade de ler. Parabéns pela resenha!
ResponderExcluirhttp://julietices.blogspot.com.br/
Olá, Ju
ExcluirLeia....não vai se arrepender.
Beijos