O fim está a nossa frente
e parece que não o enxergamos. Ele anuncia sua chegada e adiamos encontrá-lo.
Vislumbramos sua vinda
até nós, mas prolongamos sua presença em nossas vidas.
Amamos o começo,
entretanto abominamos o final.
O início é como o alvorecer
e o entardecer. Enche-nos de admiração e atração. O final é repulsivo e
renegado.
Os finais são novos
recomeços. Liberdade para dar início a uma nova fase.
O final não é ponto
definitivo. É continuação. Uma reticência em nossas vidas.
Não é terminar. É uma
vírgula para continuação da ideia principal.
Continuação do viver. A
vida segue em frente mesmo com tantos finais.
Terminar uma relação pode
ser doloroso, todavia é libertadora para ambas as partes.
O fim é o início do Novo.
Pode ser a morte do velho, mas o começo do Inexistente.
Sem pormenores, o fim é
inevitável. Pode ser adiado, mas nunca enrolado.
Melhor terminar do que
prolongar algo que não tem mais objetivos. Perdeu-se no caminho.
Sabe aquele rumo sem
direção que muitos tomamos como excitante? Sempre terminará no “final”. Sem
objetivos e meios traçados vamos definhando e morrendo junto o caminho sem fim
que não leva a lugar nenhum.
Liberdade. Palavra que
vive com o Amor. Esse que não vive aprisionado. É modificador e não sufocador.
Não resistente a loucura
e a paixão flamejante, o Amor é remédios para os loucos e veneno para os sãos.
Sem o final o Amor não
surge novamente e nem renasce em outras formas, como Amizade e Solidariedade.
Lágrimas vão correr
quando a pessoa amada partir sem está conosco. Isso é dilacerante, mas o Amor
liberta quem ama. Não quer cativeiro. Quer Liberdade.
O final é trágico, mas é
salvador.