Entrevista com Andrea Killmore, autora de Bom Dia, Verônica - @Darkside

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Eu ando beeem curiosa para ler esse livro e por que ainda não leu, Jo? Simples, falta-me grana para comprar o livro, mas é entrar um "money" que adquiro um exemplar e me perco nessa história fascinante e saberei mais sobre essa mulher misteriosa que lançou esse livro e a Darkside acreditou na sua escolha. Sabe o que me fascina com essa Editora? Sua coragem em apostar no inusitado e no marginalizado. Adoro pessoas que acreditam naquilo que está fora do "normal" e do comum e demonstram que todos tem espaço no mundo e por isso resolvi compartilhar com vocês essa entrevista sensacional e misteriosa.

“TUDO É VERDADEIRO DENTRO DE MIM.
TUDO É FICÇÃO FORA DE MIM.”

Andrea Killmore é claramente um pseudônimo. Por que você se esconde atrás de um personagem fictício?
R. Eu não me escondo; me protejo.

O que aconteceu com você para que hoje precise viver no anonimato?
R. Se eu contar, o anonimato acaba. Na época, foi público e notório. E foi suficiente para que essa decisão fosse tomada. Esta é a minha chance de começar de novo, do zero, como uma página em branco. E eu a agarrei com todas as forças.

Por que você decidiu escrever essa história? Qual a função da literatura na sua vida hoje?
R. Sou uma pessoa muito fechada e vivo sozinha. Minhas companhias são as leituras, os filmes e as séries. Evito ficar na internet. Escrever veio de forma natural, começou como passatempo. Hoje em dia, é libertador. A literatura permite que eu decida o final da história, o que já faz toda a diferença. Além disso, me ajuda a refletir sobre as escolhas que fiz na vida. Só quem não viveu o pior julga rápido demais.

A protagonista Verônica é uma mulher. O que vocês têm em comum? Ela seria seu alter ego?
R. Temos muito em comum, mas somos muitas mulheres representadas em Verônica. Mulheres batalhadoras, de carne e osso, precisando se equilibrar entre a luta diária para vencer na vida e os quilinhos a mais na balança. Verônica sou eu, mas também é uma parte de todas as mulheres que conheço. Cada uma que se encontre ali, no melhor e no pior.

Você pode nos contar o que tem de verdadeiro na história?
R. Tudo é verdadeiro dentro de mim. Tudo é ficção fora de mim. Por enquanto, essa resposta deve bastar.

O que você pretende transformando em livro uma história que pode colocar sua vida em risco?
R. Aprendi a viver com o risco, escrevendo ou não. O risco nunca vai passar, ele existe de qualquer maneira. Escrever me resgata do sofrimento; enfrentar o medo me fortalece. A ideia de Bom Dia, Verônica sempre esteve comigo. A claustrofobia da Caixa, o modus operandi do serial killer, os dramas de mulheres como Marta e Janete... Eu as invento, e assim me reinvento a cada passo delas.

Como você chegou até a editora DarkSide Books e como os convenceu a editar seu livro? 
R. Ganhei um livro da DarkSide de um dos raros amigos com quem mantenho contato e me apaixonei pela editora. Escrevi Bom dia, Verônica em dez meses e precisei de mais um tempo para ter certeza de que queria mesmo que o livro chegasse ao mundo. Eu precisava me manter em segredo e sabia que muitas casas editoriais não poderiam me oferecer o anonimato. A maioria das editoras trabalha com o marketing ostensivo da imagem do autor, essa é a verdade.

Decidi arriscar. Pedi que meu advogado enviasse um e-mail a DarkSide com o arquivo de Word em anexo e explicasse minha situação. Meses depois, eles retornaram com um “sim”. Vieram com poucas perguntas e muitas respostas, o que é melhor do que o contrário, e aceitaram minhas limitações. Segundo meu advogado, o único que mantém contato direto com eles, meus editores são meninos discretos e eficientes, apaixonados pela história de Bom Dia, Verônica. Eles colocaram meu livro nas mãos de pessoas como Glória Perez, Ilana Casoy e Paulo Lins. Como vocês devem imaginar, estou bem feliz.

Quais são suas maiores influências?
R. Atualmente, passo boa parte do meu dia assistindo a seriados policiais. Adorei True Detective, The Fall, Hannibal e Breaking Bad. Já era fã de todos os Law and Order e dos antigos e famosos detetives da TV, como o Columbo e Kojak. Leio muitos autores de mistério também. Adoro Gillian Flynn, Agatha Christie, Allan Poe, os livros do Michael Connelly, do Jeffery Deaver, que escreveu O Colecionador de Ossos, e do Thomas Harris, criador do Hannibal Lecter... No Brasil, adoro o Rubem Fonseca. Bebo muito da ficção, mas minha maior influência é a vida real.


Quem você gostaria de ter prendido e não prendeu?
R. Eu adoraria ter trabalhado com as equipes policiais da Lava Jato. As primeiras, que descobriram o fio da meada.

Do que você se arrepende?
R. São tantas coisas que não caberiam em um só livro. Mas a mágoa é a marcha-ré da vida, então...

Por que você escolheu um pseudônimo americano?
R. Porque o pseudônimo já diz tudo. É um prenome masculino e feminino, mostrando os dois lados de todos nós, e um sobrenome que diz a que veio. Simples assim.

Bom Dia, Verônica acaba, mas não termina. E você, vai continuar?
R. Já tenho tudo na minha cabeça. É só a DarkSide me chamar!

Quando você escreve um capitulo cruel como tantos nesse livro, isso não te deprime?
R. Na ficção tudo é permitido e na literatura o mal e o bem não existem. Existem boas ou más histórias, só isso.

O que você responderia para quem te acusa de estar fazendo uma jogada de marketing se escondendo?
R. Eu ofereceria um passeio pelo meu passado, se isso fosse possível.


Em "Bom dia, Verônica", acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado. 
Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel — como a realidade.

SOBRE A AUTORA:Andrea Killmore faz sua estreia com um livro que está destinado a se tornar uma referência na literatura policial brasileira. Amiga íntima do perigo, ela é uma revelação que não pode ser revelada, e seu verdadeiro nome continua um mistério. Em outra vida, ela foi alguém importante dentro da polícia. Após trabalhar infiltrada em um caso e sofrer uma grande perda pessoal, viu-se obrigada a assumir uma nova identidade. E com ela, uma nova vocação.

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  1. Olá, tudo bem?

    Confesso que comecei a ler a entrevista desconfiada, não da autora, mas da história e terminei tendo a certeza de que na primeira oportunidade o livro vai ganhar minha estante, mesmo que eu não seja mais apaixonada por livros físicos.

    bjss

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  2. Olá, tudo bem?
    Adorei a entrevista, querto muito ler esse livro!
    Parabéns por esse post lindo!
    Um beijo.

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  3. Oi oi
    Também estou super curiosa com esse livro, só me falta a grana, essa entrevista só nos deixa ainda mais curiosos, né?

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  4. Olá tudo bem??

    Tenho o livro e não imaginava que era livro nacional, nossa adorei mais ainda.
    Agora fiquei muito curiosa pra saber quem é essa autora e porque se esconde.
    Muito interessante, ela é muito intrigante.
    Bjus Rafa

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  5. Acho bem legal esse mistério em torno da autora o que acaba de certa forma criando uma vontade de ler o livro apenas pra saber se temos alguma pista...

    bjos

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  6. Olá! Nossa, esse mistério em torno da escritora é algo surreal! Gostei bastante da premissa do livro, está na lista para adquirir esse ano. parece ser uma história bem envolvente e misteriosa, beijos!

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  7. Oiii Joanice, tudo bem?
    Adorei ter lido a entrevista, é sempre bom conhecermos a autora dos livros que muito lemos e até mesmo admiramos, gostei de saber mais sobre a vida dela e desejo muito sucesso, ótima postagem querida.
    Beijinhos da Morgs!

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  8. A Andrea me deixa muito curiosa em relação a quem ela é.
    É tanto mistério que não dá pra pensar que não é jogada de marketing.
    Mas obrigada pelas perguntas, são as mesmas que gostaria de fazer a ela.

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  9. Olá!

    Já tinha visto essa entrevista em outro blog. Realmente a darkside ousou em publicar um livro tão forte de uma autora (?) desconhecida. Tomara que ela continue publicando e um dia mostre sua cara (vai ver ela já é famosa e não sabemos...)

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  10. Meu, eu vi esse livro por ai e fiquei maravilhadaaaaaaa, fala sério, a capa é incrível e o suspense envolta dele é muito instigante! A entrevista é muito legal, quero pra ontem!

    MEMÓRIAS DE UMA LEITORA

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  11. oie
    esses dias vi um post sobre o livro e já fiquei interessada.
    Gostei bastante da entrevista. Deixa ate mais curiosa para ler a obra.
    bj

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  12. Ainda não conhecia esse livro e fiquei bem curiosa, ainda mais com um personagem feminino tao forte assim.
    nao sabia que a autora se protege atras do pseudonimo, fiquei curiosa dos motivos.
    Gostei mto da entrevista, relmente me animou a ler logo.
    Adorei a resenha.
    Beijos.

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  13. Olá, tudo bem? Já tinha visto esta entrevista antes e adoro o tom de mistério que a autora faz HAHAH ainda não li o livro dela, mas tenho muito vontade e curiosidade. Adorei o post <3
    Beijos,
    diariasleituras.blogspot.com

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  14. Oi Jô!
    Li essa matéria esses dias lá no site dá Darkside e achei fodastica! Estou super curiosa sobre a autora e o que fez ela ficar reclusa do mundo, após aquele caso.
    Certamente, o livro deve ser excelente, como toda obra dá caveirinha
    Bj

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  15. Oiii.
    Amei a entrevista, tenho ouvido muita gente comentando bem desse livro e ele tem uma capa tão instigante, tenho curiosidade de lê-lo.
    Adorei conhecer um pouco mais da autora e da obra.

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