Título:
Encontrada
#2
Autora:
Carina
Rissi
Editora:
Verus
Ano:
2015
N°
de Páginas: 476
Sinopse:
Sofia está de volta ao século dezenove e mais que animada para começar a viver o seu final feliz ao lado de Ian Clarke. No entanto, em meio à loucura dos preparativos para o casamento, ela percebe que se tornar a sra. Clarke não vai ser tão simples quanto imaginava. As confusões encontram a garota antes mesmo de ela chegar ao altar e uma tia intrometida que quer atrapalhar o relacionamento é apenas uma delas. Além disso, coisas estranhas estão acontecendo na vila. Ian parece estar enfrentando alguns problemas que prefere não dividir com a noiva.Decidida, Sofia fará o que estiver ao seu alcance para ajudar o homem que ama. Ela não está disposta a permitir que nada nem ninguém atrapalhe seu futuro. Porém suas ações podem pôr tudo a perder, e Sofia descobre que a única pessoa capaz de destruir seu felizes para sempre é ela própria.Em Encontrada: À espera do felizes para sempre, Carina Rissi traz de volta o mundo apaixonante de Ian e Sofia, nos permitindo mergulhar mais uma vez nesta maluca e envolvente história de amor.
“Juro que é você quem
eu esperei. Juro que as batidas do meu coração são para você.” (Pág.284)
Encontrada
é
a continuação de uma série que cativou pela protagonista divertida e autêntica
que embarcou numa aventura sem volta para o século XIX. Será sem volta mesmo?
Sofia está ansiosa e
insegurança diante a proximidade de seu casamento com o maravilhoso Ian Clarke,
já que ela ainda se sente desmerecedora do amor e desse matrimônio com ele,
porque seu jeito nada combina com aquele século e isso tem incomodado muito
seus pensamentos. Porém toda vez que ela faz contato visual com o Sr.Clarke seu
coração pulsa mais forte e seu raciocínio se esfarela e é isso que provoca seu
quase atropelamento na cidade, mas seu noivo consegue se jogar em cima dela
antes de uma carruagem fazer “torta” de Sofia.
“– Meu amor, não existe
certo ou errado aqui. –[...] – Somos apenas nós dois, você e eu, começando uma
vida juntos. Vamos errar algumas vezes, acertar outras, mas, se estivermos
juntos, tudo acabará bem. [...]”(Pág.77)
Em Perdida tínhamos uma Sofia mais despreocupada com seu jeito de
garota do século XXI, mas agora ela sente-se sufocada pelas rígidas regras da
sociedade, na qual está nesse momento e diante tamanha pressão, ela se ver
perdida e amedrontada, porque teme colocar a família Clarke em “maus lençóis” e
desonrar o nome de Ian e por isso, ela se meterá em mais encrencas, devido sua
impulsividade e dificuldade de dividir suas dúvidas com agora seu marido, Ian
Clarke.
O casamento acontece
sem problemas. Mentira!!! Vocês sabem que onde a Srta. Alonzo está sempre
haverá confusão e o padre Antônio quase não casa Ian e Sofia, porque a –
porcaria – da cerimônia é feita em LATIM.
Isso mesmo naquela época, todos os casamentos eram feitos na língua mãe do
Português e nossa protagonista atrapalhada não sabia desse detalhe técnico e
teve que “ameaçar” – e isso é hilário – o padre para poder se casar com seu
amado noivo.
Não bastasse o sufoco
do casamento, a excelentíssima – Capiroto, porque essa mulher é esposa do Diabo
– tia Cassandra vem juntamente com seu filho Thomas para prestigiar o
matrimônio do sobrinho, à convite de Elisa – irmã de Ian -, porém todos se
arrependem da solicitação da presença dela no momento que ela – descaradamente
– chama Sofia de desqualificada e insuficiente para ser a Sra. Clarke.
A nova Sra. Clarke
sente-se atordoada com a presença da Tia Cassandra em sua casa, porque a mulher
quer mandar em tudo e a todo o momento humilha-a com severidade e destreza de
uma víbora. Seu filho Thomas não parece nem de longe nascido do ventre de uma
pessoa tão cruel, infeliz e mal-amada.
Confusões e mentiras é
o estopim para um possível rompimento precoce entre Ian e Sofia, porque a jovem
será alvo constante de fofocas, humilhações, mentiras, perseguições do padre e
segredos que podem por fim no relacionamento mais belo dos romances.
Quais serão os segredos
que podem destruir o amor de Ian e Sofia? E por que Cassandra é tão severa com
a esposa de seu sobrinho? Será que Sofia aguentará viver no século XIX com
tantas regras e preconceitos, mesmo amando Ian? Será que ela conseguirá ser uma
ótima tutora para Elisa? E como senhora da Família Clarke?
No começo da leitura
pensei em desistir do livro, porque Sofia parecia Annabeth nos Heróis do Olimpo com essa fragilidade
exagerada e críticas incabíveis, todavia com o desenrolar da história percebi
que insegurança e desconfiança são naturais quando somos colocados em cenários
exaustivos e constantes comparações e exigências sociais.
“ –Sua franqueza às
vezes é desconcertante, Senhorita Sofia.”(Pág.85)
Sofia é divertida,
forte e determinada em tudo, porém aqui nesse livro, ela foi tomada por um
surto de imaturidade e impulsividade que me assombraram e me deixaram com medo
dela terminar abandonada ou sozinha no século XXI. Como ela tem ótimas fadas
madrinhas – além da que a levou para Ian – como, Elisa, Madalena e Valentina,
Sofia consegue aguentar a pressão do casamento e de se adaptar a um mundo sem a
liberdade que ela era acostumada e não ver tudo como ruim e arcaico.
Ian foi uma boa dose de
ambiguidade nesse segundo livro, porque tinha momentos que ele era um fofo –
como os ursinhos carinhosos – e em
outros momentos parecia extremamente carente, sensível e controlador. Dou um
desconto, porque sua esposa quase morre no primeiro livro e desapareceu
repentinamente e o colocou na penúria e depressão, mas ser um pouco mais
confiante e independente seria mais maduro. Claro, que quero um Ian para mim,
porque ele é um deus grego rs.
“[...] Todo mundo já
sacou que eu sou diferente e ninguém gosta dos diferentes.” (Pág.161)
Cassandra...Meu Pai do
Céu!!! Que mulher chata e insuportável! Nunca vi criatura mais infeliz e cheia
de amargura para passar o dia tentando mudar os outros e não perceber que é ela
que precisa se ver no espelho e procurar a Universal para tirar essa carga negativa
que ela deixa por onde passa. É uma mulher mesquinha, desacreditada no amor e
pior, venenosa e audaciosa, já que afronta Ian e Sofia na casa deles. Euzinha
tinha jogado ela na rua, porque na minha casa não se cria cobras.
Elisa é a irmã mais
nova do nosso galã Ian. Ela é observadora, sensível, inteligente, meiga e
esperta. É uma fofura e apaixonada por Lucas – e quem não seria? rs – e ajuda
sempre sua cunhada em tudo. Tira ela das confusões e dar conselhos quando ela
que deveria ser aconselhada, já que é uma adolescente de 16 anos.
O padre Antônio é um
homem que não ganhou minha simpatia em NADA. Criei uma certa residência com
sacerdotes – perdão para quem os cultua – desde que assisti a série The Mist, porque se acham donos de toda
a VERDADE desse universo. Só sabe ficar apontando dedo e julgando as pessoas.
Não é legal falar alto! Olhar diretamente para seu marido e blablabla. Regrar
os outros é mais insuportável do que hienas rindo. Certo que ele é um padre,
mas que tal alimentar os pobres? Fazer ações sociais não seria mais esperado do
que vigiar a virgindade alheia? Nesse comportamento percebo o quanto nós –
humanos – deixamos ser humilhados e julgados por quem não passa de um ser
humano como eu e você. Não tem nada de especial e não percebe a linha tênue
entre conselho e intromissão.
A narrativa é fluída e
cativante. O desenrolar das inúmeras loucuras e trapalhadas de Sofia dão uma
dinâmica esplêndida para a história e conquistam o leitor facilmente.
O final é surpreendente
em vários sentidos, porque a autora dar um rumo bem elaborado para as histórias
de Sofia no século XIX e no XXI e sua amizade com Nina. É um nó na cabeça, mas
bem planejado.
A capa segue a dinâmica
da anterior e isso me deixou satisfeita, porque é simples e bonita e combina
com a fonte agradável e folhas amareladas.
Encontrada
é
a continuação dos “felizes para sempre” que mostra que os relacionamentos não
são um mar de rosas e exigem disposição, confiança, paciência e muito amor para
darem certo.
“Às vezes se apaixonar
é uma droga.”(Pág.266)