Título:
Vingança
da Maré
Autora:
Elizabeth
Haynes
Editora:
Intrínseca
Ano:
2013
N°
de Páginas: 288
Sinopse:
Depois de trabalhar arduamente por muito tempo alternando um emprego como executiva de vendas durante o dia com o de dançarina de pole dance à noite , Genevieve finalmente conseguiu juntar dinheiro para realizar seu sonho: comprar e reformar um barco e mudar-se para Kent, bem longe da estressante vida em Londres que tanto a aborrece. Tudo parece enfim perfeito. Até que, na festa de inauguração do barco, enquanto amigos de sua velha vida parecem zombar do que agora lhe é tão caro, um corpo aparece boiando próximo ao ancoradouro, e Genevieve reconhece a vítima. Ao perceber seu santuário flutuante maculado, e convencida de que sua vida também está em risco, Genevieve se vê novamente envolvida com o perigoso submundo de corrupção, crimes e traição do qual pensava ter finalmente escapado. E está prestes a descobrir os problemas de misturar negócios e prazer.
Vingança na Maré é mais uma obra
muito bem escrita e com problemáticas fortes, escrito pela autora de No Escuro de Elizabeth Haynes.
Genevieve é uma jovem
inglesa que trabalhou arduamente em uma empresa para juntar dinheiro para
comprar um barco. Ela sonha desde a infância em ter um barco-casa – o que é
comum na Europa – só que o sonho é caro e somente nesse emprego ela não
conseguirá o investimento que precisa e por isso inicia uma segunda jornada num
“empreendimento” mais rendável em pouco tempo.
“Tratava-se de um
barco, apenas um barco. Eu estava com tanta pressa para conseguir o dinheiro
porque me tornara ambiciosa, malvada e obstinada.” p.177
Depois de poucos meses em uma vida dupla trabalhando numa empresa pela manhã e sendo dançarina de pole dance pela noite, ela consegue comprar seu barco e muda-se para Kent. Sua intenção é ter uma vida mais calma e longe da agitação de Londres.
Os reparos no barco
estão bem encaminhados, então ela decide dar uma pequena comemoração pela sua
nova casa e convida amigos da marina e seus conhecidos de sua antiga cidade.
Tudo estava nos conformes. Comida, bebida e uma música ambiente. Os convidados
chegam. Seus amigos “modernos” acham morar num barco, algo experimental e não
recomendado para pessoas “civilizadas” e acabam tratando rispidamente alguns
moradores locais.
A festa tinha sido
tranquila mesmo com alguns desentendimentos de perspectivas distintas, mas Geni
estava feliz com sua escolha e as pessoas da marina são bem acolhedoras e
gentis. O que ela não esperava é que seria a primeira a encontrar um corpo
atracado ao seu barco e reconhecer rapidamente a identidade do mesmo.
Medo, corrupção, um
passado tenebroso e pessoas poderosas estão no encalço de Genevieve e ela não
sabe o real motivo dessa perseguição. Será por causa do pacote misterioso que
ela guardou para um “amigo”? Ou será que seus trabalhados noturnos teriam algum
envolvimento naquela morte?
Genevieve é uma mulher
forte, independente e sonhadora. Ela começar a trabalhar cedo com o objetivo de
adquirir fundos para comprar seu barco. Ela nunca combinara com aquele perfil
de fragilidade excessiva e por isso mesmo não tendia a se envolver rapidamente
amorosamente. Somente quando se encontrou com o segurança misterioso do seu
chefe da danceteria, é que percebeu que poderia se apaixonar profundamente. Ela
é uma personagem bem cativante, porque ela é coerente com sua personalidade e
as situações apresentadas. Ela odeia ser tratada como uma boneca e por isso
abomina algumas atitudes de alguns personagens durante o desenrolar da
história, porque escondem a verdade dela achando que ela não dará “conta do
recado”.
Os amigos da Marina são
maravilhosos, principalmente o casal que mora próximo de Geni, porque eles são
gentis e tentam a todo custo ensinarem técnicas de como consertar o barco,
navegação e afins para ela. Não tem medo dos últimos acontecimentos estranhos no
local que começaram com a chegada da jovem. Eles apoiam Geni quando parece que
uma perseguição se iniciou contra ela. Como a própria personagem diz: ”aqui
encontrei uma família que me ama com meus problemas.”.
“No intervalo de poucas horas ele deixara de ser um colega, um amigo, alguém para quem eu estava fazendo um favor, e partiu meu coração, me deixando para trás.” p.215
O segurança misterioso
e apaixonante – Dylan - da personagem principal é um homem que deixa os
leitores com dúvidas durante todo o livro, porque não sabemos sua real
identidade e muito menos o motivo que o deixa longe dela. Ele sempre dar
explicações insatisfatórias quando tem contato com a mesma e tem uma mania
ridícula de querer protege-la sempre e não percebe que sua distância e falta de
informações facilita a ação dos meliantes que estão atrás dela.
Há também o detetive
Carling é o responsável pela investigação na marina. Ele é bem responsável e
hábil no seu trabalho, porém teve a péssima ideia de se envolver com Genevieve.
Dois erros nessa atitude: primeiro ela está envolvida no ocorrido e segundo,
ela não é recíproca diante os sentimentos e atitudes carinhosas dele com ela.
Consequentemente ele só lamenta o sentimento não correspondido e um fator maior
que só lendo para saber.
“– Por que deveria
confiar em você, se você esconde coisas importantes de mim?” p.234
A leitura em alguns
pontos é desequilibrada, porque a autora trabalha mesclando passado e presente
e isso dar um nó na cabeça do leitor. Assim como, algumas atitudes de Dylan não
parecem coerentes e muito menos sua reciprocidade aos sentimentos de Geni. Sabe
aquela sensação de que misturam pessoas de sentimentos de intensidades
diferentes num envolvimento amoroso desajustado? Então é assim que me senti.
Prefiro Geni e Carling, a ela e Dylan. Da página 120 ao final, o enredo fica
fluído e sem contradições.
Dos três livros já
lançados no Brasil da Elizabeth, Vingança
na Maré é o primeiro a me deixar frustrada, porque No Escuro é uma obra fascinante e bem escrita. Restos Humanos segue o mesmo ritmo do livro anterior, entretanto
esse é mais morno e as expectativas altas não foram preenchidas, mas a leitura
vale a pena pelo bom uso de algumas temáticas como violência contra as mulheres
e abuso em casinos e danceterias.
A capa do livro já é
padrão das obras da autora. Mulheres que representam bem as personagens dos
livros, já que as mulheres são sempre as protagonistas de suas histórias. A
fonte é agradável e as folhas amareladas.
“Como se a presença de
alguém estivesse me incomodando.” p.7
Vingança
na Maré é um thriller que mexe com a imaginação dos leitores
apaixonados por jogos psicológicos, mas tende a não preencher expectativas tão
altas.
Olá, tudo bem? Confesso que o estilo da obra não é muito do meu atrativo hehe Que pena que o enredo parece um pouco desequilibrado e confuso. Já tinha lido outras resenhas em que não se elogiava muito o desenvolvimento também. Que bom que pelo menos você sabe que existe outras obras da autora boas. Não seria algo que leria mesmo :/ Ótima e sincera resenha!
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com.br
Poxa, Joanice.
ResponderExcluirPena que esse livro não foi tão bom quanto os primeiros.
Mesmo assim, ele continua na minha lista de desejos. Gosto de histórias que mesclam passado e presente, desses mesmo que dão um nó na nossa cabeça! Rs...
Como ainda não li nenhum livro da autora, acho que vale começar por esse e evitar fazer comparações com os outros!
Beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Oi, tudo bem? Eu não conhecia a obra, provavelmente por sair da minha zona de conforto, mas já havia ouvido falar do livro No Escuro por conta de um evento literario que teve aqui na minha cidade, porém não me interessei em ler. è uma pena que vc tenha se frustrado com esse livro, infelimente isso acontece às vezes, mesmo assim sua resenha ficou muito bem elaborada e foi possivel ter uma panorama geral da obra.
ResponderExcluirbjos
Pah
Lendo e Escrevendo
Oi Jo,
ResponderExcluirNão conheço esse livro, acho até que já vi a capa por aí, mas não cheguei a me interessar na época, gostei da premissa, mas desanimei um pouco, por ser série e por esse não acompanhar o primeiro e deixar um pouco a desejar, então dessa vez passo a dica.
Beijokas