[RESENHA] Mais que amigos - Lauren Layne

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Título: Mais que amigos
Autora: Lauren Layne
Editora: Paralela
Ano: 2018
N° de Páginas: 222
|| Livro cedido em parceria com a editora||
Sinopse: 
Será que vale a pena arriscar uma grande amizade em troca de um amor inesquecível?
Aos vinte e dois anos, a jovem Parker Blanton leva a vida que sempre sonhou. Tem um namorado inteligente e responsável, um emprego promissor e a companhia de seu melhor amigo, Ben Olsen, com quem divide um lindo apartamento.
Parker e Ben são tão grudados que muita gente duvida que eles morem sob o mesmo teto sem nunca ter vivido um caso, mas eles não se importam com o que as pessoas pensam. Sabem que não foram feitos um para o outro — pelo menos não para se envolver.
Por isso, quando um acontecimento inesperado faz com que Parker se veja sem namorado e com o coração partido, ela sabe que pode contar com Ben para ajudá-la a sacudir a poeira e partir para outra. Afinal, ninguém seria mais ideal do que seu melhor amigo para lhe mostrar os prazeres da vida de solteiro… certo?
Mais que amigos é uma comédia romântica irresistível!

Mais que amigos é aquele romance divertido, sensual e convidativo. Uma obra que conquista pela simplicidade e o envolvimento fluído do casal principal e nos envolvendo em um manto de amor.


Parker Blanton é tudo que uma jovem mulher quer: linda, bem-sucedida, divertida e com namorado maravilhoso ao seu lado e tudo isso aos vinte dois anos. De bônus, ela tem o melhor amigo Benjamin Olsen.


Ben Olsen é um jovem bonito, atraente, charmoso, engraçado e extremamente colecionador de noitadas e mulheres. Ele não esconde que fica apenas uma vez com cada mulher. Ele decidiu não se envolver profundamente com ninguém, entretanto isso não o impede de noites regadas a muito sexo e extravagâncias, porém tudo bem regrado por sua melhor amiga Parker.



Eles se conheceram na universidade e nunca mais se separaram. Não que ambos não achassem um ao outro atraente para ter algum “rolo”, porém parece que eles nasceram predestinados a serem apenas amigos e desde então dividem tranquilamente um apartamento, na qual vivem sob as regras rígidas da Parker que sabe que seu amigo nunca cumpre religiosamente seus “mandamentos”. 



Claro que todos que ficam sabendo que um homem e uma mulher dividem a mesma casa, não acreditam que os dois não tenham envolvimento sexual, mas Ben e Parker já estão acostumados com isso e não se importam com as opiniões alheias. Ela é segura e sabe sua beleza e sabe que seu futuro é com seu atual namorado e Ben parece decidido a ser um solteirão convicto. Será isso mesmo, produção?


“Isso também é estranho. Ela é a garota mais segura e confiante que já vi na vida quando se trata de relacionamentos. Nunca fica na defensiva, nunca se justifica.” p.20

Como o jogo chamado Vida nunca segue os planos e objetivos que nós amamos fazer diariamente, Parker toma um belo fora de seu namorado e vê-se sozinha depois de anos e completamente triste. Ela quer superar essa fase ruim em sua vida sem prolongar sua tristeza e acabar ficando depressiva, então decide ter a vida “divertida” de seu melhor amigo como lema de vida daqui para frente.

  
Ben acha a ideia completamente fora de contexto e se recusa a ajuda-la e tenta argumentar, porém Parker é irredutível. Então ela começa a procurar possíveis parceiros sexuais, já que estava na abstinência sexual há meses com seu namorado, todavia ela não sabe ir para a cama sem conhecer a pessoa ou ter vontade de conversar com ela depois de toda “ação”. “Pois então surge outra “brilhante” ideia da caixinha de ideias malucas de Parker: ir para cama com seu melhor amigo Ben Olsen.”.

O trato é o seguinte: os dois terão exclusivamente um envolvimento sexual e nada, além disso. Se algum dos dois não quiser mais isso por algum motivo, é só dizer a “palavra mágica” e tudo estará terminado e tudo voltará ao normal.

Será que a amizade de Parker e Ben será a mesma depois desse trato? Será que algum dos dois acabará se apaixonando pelo outro? E se um dos dois encontrar outra pessoa? Como a outra reagirá?

“[...] Às vezes, relembrando aquela época, eu me arrependo de não ter agido rápido, de não ter ficado com a garota mais incrível que já conheci quando tinha a chance.” p.23


Parker é uma personagem que não despertou nenhuma ligação de compaixão em mim. Sou indiferente a ela. Ela basicamente sempre teve tudo que necessitou em seus vinte e dois anos de vida. Só passou por tempos tenebrosos quando sua mãe fora acometida por um câncer agressivo e Ben ficou todos os dias ao seu lado, porém ela sobreviveu firmemente ao ocorrido. É bonita, chama atenção onde passa e nunca teve problemas em qualquer parte de sua vida.
 
Ben é um jovem lindo, atraente, engraçado demais e bem amoroso. Ele é tudo que não esperamos que seja. Toda sua fragilidade e insegurança são visíveis aos leitores, porque para sua “melhor amiga” ele é super forte e mulherengo. Só que na verdade ele se esconde atrás de uma máscara que omite seus medos, dores e sofrimentos por ter sido rejeitado pela mulher que ama e principalmente, pela sua família que o decretou como a “ovelha negra”, já que não quis seguir com o sucesso familiar.

Esse livro tinha tudo para ser mais um livro de “mamão com açúcar”. Aqueles livros que dariam um filme da Sessão da Tarde, mas a autora quis trazer mais profundidade para seus personagens, até porque a obra é a primeira de uma série e isso abre espaço para debater diversas temáticas que permeiam nossas vidas, sejamos jovens ou mais maduros.

“Mas não crio coragem para perguntar se os pensamentos dele estão se tornado tão perigoso quanto os meus.” p.149

Ela optou por Ben para ser o personagem mais cativante desse enredo, porque ele traduz bem a dualidade humana. Ele mostra uma máscara de força inesgotável diariamente e dar apoio a todos seus amigos, principalmente para Parker que é sua amiga há anos, entretanto ele não se acha esse homem maravilhoso que todos acham. Ele é inseguro em seu trabalho, porque sempre recebeu a indiferença de seus pais por suas escolhas e isso influencia em todas suas atitudes.

Parker algumas vezes é bem detestável. Ela me lembra aqueles contos de fadas que as princesas são frágeis e sofrem constantemente, porém na realidade só enxergam a si próprias. Ela é egoísta e nem percebe isso. Só os problemas dela são reais e sem solução e acrescenta nessa lista as ideias insanas que ela tem e a colocam em situações embaraçosas, porém seu pior defeito é construir julgamentos precipitados sobre as pessoas e é isso que ela faz que magoe intensamente seu melhor amigo, já que ela o vê como fútil, leviano e incapaz de ter um relacionamento duradouro. 


O romance nesse livro é docemente envolvente. Prepare-se para vê um relacionamento se desenvolver a cada página lida. As descobertas, confusões e sentimentos revelados são profundamente convidativos e nos presenteiam com uma obra sensual e divertida.

A capa do livro é composta por um casal que parece bastante com a descrição de Ben e Parker e fiquei feliz com isso. O nome em destaque combinou com o fundo e a essência da obra, porque aqui é só glamour. A fonte é agradável e as folhas são amareladas.

Mais que amigos é puro envolvimento, diálogos sinceros, divertidos e completamente inesperados com um toque delicioso de drama e muito amor.





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