Produtora: Marvel Entretaniment/Studios
Gênero: Ação
Direção: Anna Boden e Ryan Fleck
Duração: 124 minutos
Elenco:
Brie Larson, Samuel L.Jackson, Jude Law, Clark Gregg, Ben Mendelsohn, Gemma Chen, Lee Pace, Annette Bening e outros
Sinopse:
Carol Danvers (Brie Larson) é uma ex-agente da Força Aérea norte-americana, que, sem se lembrar de sua vida na Terra, é recrutada pelos Kree para fazer parte de seu exército de elite. Inimiga declarada dos Skrull, ela acaba voltando ao seu planeta de origem para impedir uma invasão dos metaformos, e assim vai acabar descobrindo a verdade sobre si, com a ajuda do agente Nick Fury (Samuel L. Jackson) e da gata Goose.
Capitã Marvel acerta na fórmula de uma super heroína que traz novamente a essência de sua missão: ser a entidade que protege qualquer de forma de vida no Universo e volta as origens de debate sobre problemas sociais e políticos que fomentam a origem da Marvel.
Carol Danvers é uma humana que foi levada para a elite do exército kree. Antes de sua ascensão como peça fundamental dessa terra alienígena, ela era uma pilota da Aeronáutica norte-americana que lutava para ter seu trabalho realizado com dedicação e qualidade e nunca recuar diante a opressão machista que lhe sussurrava que ali não era lugar para mulher.
Numa missão com a equipe principal dos kree para resgatar um soldado chamado Solar, Carol acaba sendo pega e assim passa por uma série de torturas pelos skrulls para entregar a origem de um artefato que eles estão atrás. As lembranças trazem a tona diversos flashbacks do passado esquecido por ela. Ela consegue fugir e acaba caindo na Terra.
Em meio a sua caçada aos skrulls, ela começa a descobri sua verdadeira identidade e assim se encontra com suas origens e sua verdadeira essência e principalmente desvendando que nem sempre estamos no lado certo da guerra.
A adaptação cinematográfica de Capitã Marvel tem muitas diferenças de sua origem nos quadrinhos, porém as alterações partem da importância do diálogo próximo aos telespectadores e sua coesão com o final da primeira era dos Vingadores que se encaminha para o final em End Game.
Carol é uma personagem formidável. Desde a infância ela demonstra uma paixão incessante para emoção e o controle de sua própria vida. Nunca recuara quando seu pai lhe gritava que suas participações em atividades masculinas - machismo imperando nas falas dele - não eram adequados para uma menina. Danvers a cada passo que dava era questionada de sua presença em ambientes dominados por homens, entretanto ela nunca se demonstrava acuada ou pendendo à desistência. Quando mais lhe questionavam sobre suas escolhas mais ela mostrava ao mundo que suas decisões cabiam apenas a ela.
Quando Carol torna-se parte da elite dos krees, ela apenas é vista como uma arma poderosa para aquele povo. Seu capitão Yon-Rogg - interpretado por Jude Law - constantemente lhe recomenda que domine suas emoções. A todo instante ele tenta controlar toda a força que nossa heroína possui e assim possa facilmente manipula-la para suas intenções. Após sua queda à Terra temos uma mudança em Danvers. Ela entra em um estado de reflexão e autoanálise profundo porque percebera que esse tempo todo estava sendo usada e realmente estava longe de seu verdadeiro eu.
Diferente dos filmes já lançados pela Marvel, esse não cai no sentimentalismo barato e intragável. Enquanto em Guardiões da Galáxia, Capitão América e Homem-de-Ferro temos um discurso recorrente de vitimismo, culpa e vingança, encontramos nesse roteiro um diálogo interno da personagem com o mundo. Não há um sentimento de raiva e não aceitação de Carol com seus inimigos e sim uma caminha de auto conhecimento como Frodo em O Senhor dos Anéis.
Um ponto de extrema importância é que a produção caminha juntamente com Homem-Aranha no Aranhaverso, na qual o crescimento pessoal do protagonista e sua proximidade com a Humanidade é o foco principal dos diretores. Isso é o oposto dos filmes da franquia Vingadores que tem seu ponto principal na ação e que em mim causam apenas um sono pesado e tédio completo. Desculpe Guardiões da Galáxia e Guerra Civil, mas não consegui ficar acordada nem 40 minutos assistindo vocês.
Outro ponto relevante é que Capitã Marvel e Mulher Maravilha são completamente diferentes. Na produção da DC temos o direcionamento numa heroína e no seu poder sobre-humano, já na sua concorrente Marvel encontramos uma mulher que era poderosa por ser apenas uma mulher - um ser humano que não aceita regras sociais - e isso fica claro com sua amizade com Maria que fala: "Você já era poderosa antes desses raios em seus punhos."
Cenas de ação focadas apenas no momento necessário e que caem perfeitamente com a proposta da obra e esqueça que esse filme é um "tapa-buraco". Quem devia tapar a boca é quem procura apenas entretenimento onde devia saber que a Marvel sempre prezou pela representatividade das diferenças sejam sociais, culturais, gêneros e afins. Seu lançamento não se deve apenas a sua aparição em End Game e principalmente por sua possível - e esperada - liderança dos novos Vingadores, mas vem trazer de volta o heroísmo comum que acontece todos os dias em pessoas comuns que lutam contra as desigualdades no mundo.
Capitã Marvel nos agracia com um enredo simples e representativo e que busca a integridade e lealdade tanto na faceta herói quanto na tirada da "capa" e assim seguindo o exemplar Superman, mas não tirando de forma alguma a singularidade de Carol Danvers.
Oi Joanice, meu filho foi ver e adorou. Agora quero ir com meu caçula. Achei muito bom a ideia do poder dela está no simples fato de ser mulher.
ResponderExcluirBjs, Rose
Olá, tudo bem? Ainda não vi esse filme, mas pelo o que tu disse parece ser mesmo incrível. Adorei a dica!
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Que post mais lindo! Ainda não vi o filme mas estava super curiosa para ver uma opinião sobre ele. Só pelo seu post já vi que vou gostar de assistir e amei a forma como o enredo é construído e a personagem principal se desenvolve.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirInfelizmente, ainda não assisti esse filme mas estou bastante ansiosa. Amei ler seu post e ter uma noção de como o filme vai ser.
Espero ter a oportunidade de assistir em breve, beijos!
Oi, Joanice. Gostei muito de ver a sua opinião sobre esse filme, eu ainda não vi, mas estou morrendo de curiosidade. Acho que já estava mais do que na hora de termos uma protagonista como ela.
ResponderExcluirOlá Joanice que resenha incrível, mulher. Estou encantada com as suas palavras e ainda mais empolgada em quere assistir esse filme. Ele aparentemente é tudo aquilo que há tempos não víamos. Ele veio para quebrar tabus e isso é absolutamente fantástico.
ResponderExcluirParabéns pela resenha muito bem escrita e completa.
Beijo