[#12MESESDEPOE] Agosto e Setembro

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1 - O Coração Denunciador



O Conto começa nos mostrando um narrador que parece insano e desequilibrado mentalmente, mas que afirma que é sã e muito esperto mesmo as "pessoas" afirmarem de sua loucura.

Nosso narrador nos diz que é cismado com o olhar de seu inquilino. Um senhor de idade avançada que tem os olhos azuis tomando pela cataraca. Os olhos desse homens parecem confrontar nosso narrador e despertam uma ira descomunal nele.


Ele começa a perder a capacidade de racionar direito - leia-se julgar com exatidão e coerência e não eticamente falando e sim moralmente - quando dar início a uma vigília de sete dias no quarto do velho. Todos os dias a meia-noite ele entra devagar e observar o senhor dormindo e desejando que ele esteja com aqueles olhos repugnantes abertos para que possa terminar sua sina.

No oitavo dia uma barulho muito baixo acorda o velho e o faz ficar alerta naquele quarto escuro como o breu e nosso narrador sem mexer um músculo esperando o homem voltar a dormir, mas não acontece e ele se diverte com o pânico que nasce no homem. O velho mostra sinais de medo e inquietude por causa do barulho e quando grita de terror é morto por nosso narrador.

Nosso narrador que tem ideias frias, loucas e psicóticas livra-se do corpo, mas é surpreendido com a chegada de três policiais que foram chamado por causa de um grito alertado pelo vizinho. O narrador muito confiante deixa os guardas fazerem a revistas, mas algo acontece...O que será?

Esse conto nos mostra a linha que separa a Sanidade da Loucura. Escolhi o Chapeleiro Maluco, porque é personagem que se tornou louco por suas convicções e sua extrema sensibilidade com os acontecimentos e perdeu a divisória da insanidade e sanidade. Nosso narrador começou a imaginar coisas que não existiam e foi levado por vozes que podem ser causadas por algum distúrbio mental e consequentemente o conduziram a incapacidade de julgar moralmente seus atos e a Paranoia surge quando a culpa aparece de forma extremista e o perturba até o caos.


2 - O Caixão Quadrangular 


Neste conto temos um narrador que está seguindo viagem para Nova York e percebemos que se trata de um estudioso e cientista que está bem animado com sua ida a maior cidade norte-americana.

Sua partida se dará em 15 de junho, mas é adiada por problemas que não são esclarecidos até o desfecho da história.

A maioria dos passageiros é conhecido dele e tem um especial que é o artista Cornélio Wyatt que é descrito da seguinte maneira: "Tinha ele o temperamento comum dos gênios, formando um conjunto de misantropia, sensibilidade e  entusiasmo. A essas qualidades unia  ele o coração mais ardente e  mais franco que jamais bateu em peito humano." e que comprara quatro quartos no navio e isso despertava a curiosidade de nosso narrador, porque o Sr, Wyatt estava levando apenas sua esposa - que obviamente dormiria com ele - e suas duas irmãs.

Teorias foram levadas como o artista estivesse levando uma criada e sua esposa dormisse sozinha num dos quartos, o que era impossível, pois Cornélio afirmava ser apaixonado por sua esposa e a descrevera como linda, inteligente e sensível. A outra que se concretizou é que a esposa  - que era nada bonita e muito vulgar e sem modos - suas duas irmãs e um caixão quadrangular. Para que um caixão? Devia ser uma das excentricidades que o homem comprara com seu fornecedor, pensara nosso narrador.

Nosso narrador não consegue ficar longe de suas dúvidas sobre o caixão e a esposa de seu amigo e começa a espionar eles em seus aposentos. Eles dormem até a meia-noite e após isso o Sr. Wyatt se dirige ao quarto do caixão e após retornar na madrugada chama sua esposa. Isso é estranho e piora depois de longos dias com tempestades o navio é destruído e algumas pessoas morrem e a que sobreviveram ficam num bote salva-vidas, mas Cornélio se recusa a ir sem o caixão. Ele busca o mesmo e amarra-se a ele e joga-se no mar, decretando assim sua morte.

O que será que tinha no caixão para Cornélio sacrificar sua vida? Por que abandonara sua esposa e suas duas irmãs à própria sorte pelo aquele caixão? Só lendo para ter a resposta.

Essa narrativa nos mostra que muitas vezes erramos nossos julgamentos porque baseamos os fatos e as pessoas sob nossas perspectivas e conhecimentos limitados e verdadeiramente estamos completamente enganados e obscurecidos pela dedução equivocada que Sherlock diria que só podemos descartar hipóteses quando achamos provas que contradigam as mesmas.



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1 Comentário(s)

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  1. Assustadores e arrebatadores. Acredito que são as palavras que melhor definem esses contos.
    Quero muito ler.

    http://www.revelandosentimentos.com.br/

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