Título: Pura Sorte
Autora: Flavia Kalpurnia
Editora: Independente
Ano: 2018
N° de Páginas: 235
Autora: Flavia Kalpurnia
Editora: Independente
Ano: 2018
N° de Páginas: 235
Onde comprar: Amazon
Sinopse:
“Quando Ethan brinca com sua meia irmã que precisa de uma mulher dos anos 1800, ele não imaginava a sorte que teria em conseguir exatamente aquilo que queria.
Quando Juliet tropeça na escada de sua casa, sendo levada 200 anos à frente, ela não imaginava que encontraria uma vida tão perfeita.
Um casal improvável, impossível e apaixonante.”
“O grande problema para Juliet é que ela estava gostando de não ter mais controle.”
Pura Sorte é um romance que
fala sobre recomeços após feridas em carne viva que machucam nossas almas e
envenenam nossos corações e nos fecham para o amor e somente quem nos ama
poderá não desistir de nossos “fantasmas”.
Juliet é uma jovem que
vivia em 1818 e estava feliz com sua família. Não tão feliz em conhecer o
pretendente que seu pai arrumara para casar com ela, mas seu futuro estava nas
mãos de seus pais e não dela, entretanto num acidente na escada de sua casa nos
EUA naquele dia acaba a “jogando” duzentos anos à frente e quando ela percebe
está em 2018.
Perdida e sem entender
o que aconteceu com sua casa e todos que conhecia, a jovem começa a vagar pela
cidade de Chicago e vai parar num pub, na
qual todos olham com curiosidade seu figurino que era normal há dois séculos e
agora parecem mais uma fantasia. Ela está desorientada e com um machucado na
cabeça por causa da queda e acaba sendo ajudada por Anne, uma mulher que se
preocupou com o sangue que estava em sua cabeça.
Anne começa a
interrogá-la sobre seu nome e o que ocorreu para motivar seu ferimento, Juliet
explica mais tudo parece apenas uma brincadeira para Anne. Ela acha que a jovem
está mentindo e por isso fala diversas vezes que ela apenas está “pregando uma
peça” em Anne, mas as lágrimas e o olhar perdido gritam para Anne que a jovem
“fantasiada” não está mentindo. Então, a única forma que pode ajudá-la é
levando-a para casa.
“[...]Como alguém poderia privar outra pessoa de ser o que ou quem ela queria?”
A casa de Juliet agora
é um museu dedicado à sua família. Ela não compreende até Anne lhe informar em
que anos estão. Ela fora empurrada de alguma forma – magia? Viagem no tempo? –
para o futuro e estava agora sozinha e sem ninguém para ajudá-la apenas uma
mulher que parecia mais achá-la doida (e quem não acharia? rs).
Anne leva a jovem para
casa e explica situação para seu marido Rick. Ele também não acredita até que
vê nos olhos de Juliet que não há brincadeira alguma em seu semblante. Ela
estava longe de seu tempo e não sabia nada sobre modernidade e padrões sociais
do século XXI. Sua interação com aquele tempo era de total espanto e escândalo
moral. Ela precisava de ajuda e principalmente de explicações para sua presença
ali.
A chegada do irmão de
Anne, Ethan dar ao acontecimento um tom de segredo de Estado, porque Rick e
Anne acreditam de alguma forma na história de Juliet, porém Ethan não era capaz
disso e por isso optam por mentir dizendo que ela uma jovem de uma comunidade
reclusa que era amiga da irmã dele. O único problema é que Ethan achava a jovem
linda tentadoramente séria e atraente e por isso acaba sendo alvo dos alertas
de Anne que jura que vai “matá-lo” se tocar em Juliet.
Os corações tem suas
próprias lógicas e não se importam que da mesma forma que uma pessoa pode
viajar para o presente, ela pode voltar ao passado e nem se sentimentos podem
machucar profundamente eles mesmos e por isso o amor surge como uma planta que
nasce parecendo uma erva daninha e pouco depois passa a ser incerta em sua natureza.
“[...] uma angústia se formava em seu coração e ela não sabia como lidar com aquilo [...]”
Juliet é uma personagem
extremamente surpreendente para mim, porque quando comecei a ler pensei que ela
seria uma jovem que se faria de vítima por todo o decorrer de sua história e
ficaria presa aos ensinamentos de sua sociedade no século XIX, porém a surpresa
fora maravilhosa quando ela se revelou maleável as mudanças na sociedade e
capaz de tentar compreender como os seres humanos vivem no século XXI. Ela mostrou-se
capaz de se permitir desnudar das amarras de suas épocas e fazer suas próprias
escolhas. Quantas pessoas não vivem acorrentas por doutrinas e padrões por
simples medo de admitirem que tem medo de fazer suas próprias escolhas?
Anne é uma personagem
absurdamente apaixonante e irritante ao mesmo tempo, pois é uma mulher que é
disposta a ajudar as pessoas sem esperar qualquer benefício dessa relação. Ela
é uma amiga e tanto quando Juliet aparece. Juntamente com seu marido Rick,
temos uma dupla que se torna quase como pais para jovem e fico felizes a cada
nova lição aprendida pela menina que ainda tem apenas vinte anos e tivera seu
mundo tirado de suas mãos.
Ethan é um ser humano
bem real. É primeiramente apresentado como um mulherengo incorrigível e por
isso tende a despertar péssimos sentimentos sob os leitores, mas no desenrolar
dos acontecimentos que giram em torno de Juliet, temos a real percepção de quem
ele é. Um homem forte, inteligente, sagaz, intenso e vulnerável em seu coração
por um passado com marcas de um amor doloroso e não correspondido.
“Não estava acostumado a sentir tanto, mas sabia que quando sentia algo, era avassalador.”
Quando Ethan e Juliet
começam a se relacionar não temos um amor instantâneo e sem freios. Nos
deparamos com uma amizade florescendo como uma flor de cerejeira que aparece
como um boto pequeno e aos poucos vai abrindo suas folhas magníficas e
imponentes. O relacionamento dele é como se fosse um amor juvenil. Aqueles que
temos na adolescência, na qual focamos nas descobertas sensoriais e nos
sentimentos que borbulham sem nós conhecemos.
O amadurecimento de
ambos é hipnotizante, porque temos o vislumbre de muitas correntes sendo
quebradas. Julls sendo despida de todas as construções errôneas que a sociedade
ensinara em sua vida e como as mulheres eram controladas até com quem deveria
olhar ou conversar e quando ela mostra sua independência e autonomia, nos vemos
diante uma mulher forte e que ficara sob um jugo sufocante. Já Ethan nos mostra
como podemos ser taxados e jugados de uma forma errada quando as pessoas nos
olham sob seus pontos de vistas e não pela ótica de quem elas julgam.
O enredo é tão fluído e
cheio de conquistas individuais dos personagens que as páginas do livro vão
acabando e deixando nossos corações aflitos por mais, porque a Flavia só
deixara boa parte do desfecho da história para as últimas páginas do livro –
nos epílogos – que quase infartei por causa da ansiedade, mas me senti
satisfeita com o final.
“[...] ela seria seu fim.”
A narração é em terceira
pessoa e flui com leveza e parece mais aquelas histórias românticas reais que
trazem aquela carga de drama que vivemos em nossas vidas e nos tornam mais
fortes e vivos, porque o amor é nos faze lembrar que estamos vivos.
Pura
Sorte é como o título diz: O destino e sorte podem ser
irmãos gêmeos que só aparecem juntos e nós que devemos saber quem mais aparece
primeiro em nossas vidas.
Nota para a obra:
Caraca, adorei essa resenha! Eu sigo a autora no instagram e vira e mexe eu vejo posts dela, mas nunca tive curiosidade de ler nenhum, até porque eu nunca tinha visto resenhas deles, mas adorei a sua e já tô indo na amazon pegar o meu! Ahazou!
ResponderExcluirE a primeira vez que me deparo com a resenha desse livro e me surpreendi totalmente. Pois gostei muito do fato dos personagens irem amadurecendo no decorrer da trama, como Juliet que vai rompendo com as amarras do século XIX, e começa a se adaptar as maneiras do século XXI. Outro ponto positivo e que antes do casal se apaixonar, vão nutrindo uma amizade, gosto muito disso em romances. Enfim, com certeza você me convenceu a querer ler esse título.
ResponderExcluirOi, amei conhecer esse livro pelo seu post. Além de ser super interessante essa ideia de a personagem ser jogada para os dias atuais, ainda parece ter um romance delicioso. Já quero ler!
ResponderExcluirpetalasdeliberdade.blogspot.com
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEu ainda não conhecia esse livro, mas me lembrou bastante o livro Perdida, da Carina Rissi, só que às avessas. No entanto, mesmo que eu não tenha achado o enredo muito original, fiquei interessada em ler porque os personagens me pareceram muito carismáticos. Além disso, adorei saber que o romance não é instantâneo e vai surgindo aos poucos, começando com uma amizade. Sempre prefiro romances que vão se desenvolvendo ao longo do livro, sem nada ser apressado, então, esse é um ponto que me deixou bastante animada para ler esse livro.
Adorei sua resenha e vou anotar a dica.
Beijos!
Oi, tudo bem? Gente que enredo mais cativante. Gosto muito de viagem no tempo ainda mais quando envolve romance. É interessante pensar em conhecer pessoas de outra época tão diferente da nossa. Os costumes, as roupas, o jeito de falar... Lembro daquele filme Em algum lugar do passado é um dos meus preferidos quando o assunto é viagem no tempo. Esse livro não conhecia mas gostei da sua resenha. Beijos, Érika =^.^=
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que, até o momento, não tinha visto nada sobre esse livro.
Achei a proposta do enredo interessante, essa questão de trazer a personagem para a atualidade ao invés de levar para o passado. Bem, parece ser um romance gostosinho de ler, anotando o título aqui!
Beijo.
Ana.